Espaços vazios já podem ser vistos nas prateleiras de antigripais das farmácias de Sergipe. A procura por esses medicamentos, principalmente aqueles vendidos sem prescrição médica, cresceu cerca de 90% em algumas redes de farmácia do estado no último mês. Tudo isso, reflexo do aumento do número de casos das síndromes gripais no estado.

O Portal Infonet esteve em uma das farmácias, localizada no bairro São José, centro de Aracaju, e a informação é que já há duas semanas que, apesar dos estoques de medicamentos direcionados para o alívio dos sintomas gripais ser reposto diariamente, acaba no final do dia. Os estoques de Xarope e Vitamina C são os mais afetados. Com isso, somente nessa drogaria, as vendas desses remédios subiu cerca de 90%.

Em outra drogaria, dessa vez no bairro Farolândia, a procura por esses medicamentos triplicou nas últimas duas semanas e a maior parte das pessoas que foram em busca deles não possuíam prescrição médica.

Interior

Esse não tem sido um cenário isolado apenas para a capital sergipana. Farmácias no interior do estado também estão com dificuldade em suprir a demanda e manter as prateleiras cheias.

Ao entrar com contato com uma das farmácias do município de Itabaiana, agreste sergipano, o Portal Infonet foi informado de que, assim como na capital, os estoque de antigripais está quase zerado. E que da última semana de dezembro até essa primeira semana de janeiro as vendas no estabelecimento subiram em torno de 50%.

Além da alta procura por esses medicamentos, outro agravante para a falta de estoque está relacionado ao fornecimento. Todas as drogarias em que a redação esteve explicou que o recesso da indústria, assim como dos representantes e fornecedores atrapalharam a distribuição, e que, apesar da maioria já ter voltado ao normal, a produção não tem sido suficiente para supri a alta demanda.

O surto

No último dia 16 de dezembro, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) anunciou a confirmação de seis casos da Influenza A H3N2, após o aumento da procura de pacientes acometidos por síndrome gripal procurar uma unidade de saúde no município de Itabaianinha.

No último dia 28, a primeira morte derivada de complicações gerada pela Influenza A H3N2 foi divulgada pela SES. Tratando-se de uma mulher de 36 anos, moradora de Aracaju e portadora de bronquite asmática.

De lá até então, o número de casos foi aumento consideravelmente e no último boletim divulgado pela SES, no dia 5 deste mês, o estado já está com 655 casos e 26 óbitos por Influenza A H3n2. 

Por Luana Maria e Verlane Estácio