Saúde alerta para a vacinação antirrábica

Técnica do Programa Estadual de Controle de Raiva do Núcleo de Endemias da SES, Monique Santana (Foto: SES) 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que a Campanha Nacional de Vacinação contra a Raiva para cães tem previsão para término no dia 19 de novembro. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS) é imunizar 80% da população canina existente em Sergipe, que tem em torno de 330.000 animais nas zonas urbana e rural.

Alguns municípios já iniciaram as atividades da campanha. Na capital, as ações atendem os bairros da Zona de Expansão como Mosqueiro e Aruana (os pontos fixos serão disponibilizados em novembro). É importante lembrar que, durante todo o ano, o Centro de Controle Zoonose (CCZ) disponibiliza a vacinação antirrábica.

Segundo a responsável técnica do Programa Estadual de Controle de Raiva do Núcleo de Endemias da SES, Monique Santana, “a campanha é eficaz. Vacinados, os animais vacinados dificilmente  adoecem e, consequentemente, não transmitem a raiva”.

Sergipe não registra caso de raiva em humanos desde o ano de 2005. Em animais, o último caso foi notificado em 2014. Mas essa doença ainda faz muitas vítimas todos os anos, ou seja, ainda não está erradicada no Brasil.

"Para prevenir outra ocorrência, além da Campanha Nacional (que acontece sempre nesse período), intensificamos as ações no Dia Mundial da Raiva, celebrado no dia 28 de setembro. A data é uma homenagem ao aniversário de morte do microbiologista francês Louis Pasteur, que desenvolveu a vacina antirrábica”, enfatiza.

A doença

A raiva é uma doença letal transmitida aos humanos por mamíferos infectados como cachorros, gatos e morcegos. "No caso dos morcegos, não é somente a mordida que passa a doença. Basta o animal infectado arranhar a pessoa. Quando isso acontecer, é preciso procurar imediatamente uma unidade de saúde para aplicação do soro”, alerta Monique.

Ainda de acordo com a referência técnica, os sintomas nos animais são: paralisia dos membros posteriores, dificuldade de deglutição e morte. “Pode vim acompanhada de agressividade. Então, todo animal com mudança de comportamento é indicativo para raiva”, informa Monique.

Em alguns países desenvolvidos, a doença em humanos está erradicada e, nos animais domésticos, controlados. Mas a vigilância epidemiológica ainda é fica atenta por causa dos animais silvestres. No Brasil, a raiva humana ainda faz vítimas. Mesmo em estados como São Paulo, por exemplo, há regiões com epizootia (epidemia entre animais), devendo existir, principalmente por parte dos municípios, um melhor desempenho nas atividades de controle da doença.

Fonte: SES

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