Saúde imuniza crianças prematuras, cardiopatas e com broncodisplasia

Saúde inicia imunização de crianças prematuras, cardiopatas e com broncodisplasia (Foto: SES)

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), iniciou nesta segunda-feira, 22, a imunização de bebês prematuros extremos, crianças com broncodisplasia e crianças cardiopatas com repercussão hemodinâmica (cianótica) contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). A prevenção é feita com medicamento Palivizumabe, fornecido pelo Ministério da Saúde.

A administração do medicamento começa sempre no final de fevereiro com o objetivo de proteger as crianças para a chegada do inverno, período em que o vírus circula no nordeste, segundo informou a médica de referência do CRIE, Ângela Marinho Barreto Fontes, acrescentando que serão administradas cinco doses do fármaco, cobrindo assim toda a estação.

O Palivizumabe é um anticorpo monoclonal que neutraliza o vírus que acomete crianças abaixo de dois anos de idade, com maior incidência nos primeiros seis meses de vida, causando bronquiolite, uma infecção dos bronquíolos que leva à insuficiência respiratória, como ressaltou a médica.

Ela explicou que, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde, as crianças que têm direito à vacinação são os prematuros extremos, que nascem com até 28 semanas de gestação e seguem recebendo o anticorpo até um ano de idade; crianças com broncodisplasia, ou seja, com problemas respiratórios graves, com até dois anos de idade e crianças cardiopatas com repercussão hemodinâmica, também com até dois anos de idade.

A expectativa é de que sejam vacinadas entre 80 a 100 crianças, conforme estimativa da médica Ângela Fontes, acrescentando que desde ontem as equipes de vacinadores do CRIE estão na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. Mais de 40 bebês prematuros já receberam o medicamento.

Maternidade Nossa Senhora de Lourdes

Na tarde desta terça-feira 23, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, continuou a aplicação da medicação Palivizumabe nos bebês recém-nascidos na unidade. Segundo a coordenadora da neonatologia, Thereza Azevedo, o Palivizumabe não é uma vacina, mas uma imunoglobulina, um anticorpo pronto, medicamento destinado à prevenção de doença grave do trato respiratório inferior. “Normalmente em épocas de frio e chuva, ocorre uma infecção respiratória especialmente em crianças de até dois anos, por Vírus Sincicial Respiratório causando até problemas graves em crianças cardiopatas. Por isso, o Palivizumabe deve ser aplicado visando imunizar as crianças, e o medicamento está disponível no SUS e recentemente também os planos de saúde devem ofertar”, explica à coordenadora.

Calendário

Thereza Azevedo explica que, em todo o país, a neonatologia se programa para que os bebês prematuros tenham o direito de receber a dose do Palivizumabe. “Aqui em Sergipe o calendário se divide em cada maternidade pública e privada. Em especial, na MNSL, onde existe o maior número de bebês prematuros do Estado, como também no Ambulatório de Retorno Maria Creuza de Brito Figueiredo, para dar continuidade nas demais doses desses bebês. O Centro de Referência para Imunobiologicos Especiais (CRIE) é responsável pela administração e organização dessa imunização’ , finalizou Thereza.

Fonte: SES

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