Secretaria alerta sobre aumento de queimaduras por água-viva no verão

Atualmente, existem cerca de 1500 tipos de águas-vivas catalogadas (Foto: Gabriela Rosendo)

Com a chegada do verão ocorre o aumento das águas-vivas no litoral brasileiro, um fenômeno natural nesta época, por ser o período em que se reproduzem. Porém, o crescimento desses animais marinhos nos mares, também conhecidos como medusas ou caravelas, significa mais pessoas atingidas e requer atenção e cuidados.

De acordo com o médico cirurgião geral e plantonista da cirurgia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marcos Rogério Kroger Galo, a lesão não é uma queimadura propriamente dita, tecnicamente trata-se de uma reação alérgica intensa reacional à toxina da água-viva que evolui com forte ardor, vermelhidão e desconforto na região afetada. “Deve-se sair imediatamente da água, lavar o ferimento com água e sabão e colocar um pouco de vinagre. Água gelada alivia os sintomas. Em seguida procurar o atendimento médico clínico na urgência, principalmente se a área atingida for grande e o desconforto intenso. Jamais colocar xixi, pois pode causar a contaminação da área. Geralmente em 24 horas o desconforto cessa, mas nos pacientes mais alérgicos a atenção precisa ser maior” orienta Dr. Marcos.
Atualmente, existem cerca de 1500 tipos de águas-vivas catalogadas. Elas possuem consistência gelatinosa e o que causa os ferimentos são os tentáculos que liberam toxinas na pele. Essas toxinas são usadas por elas, como defesa e para captura de suas presas, de acordo com a espécie. É importante frisar, ainda, que as águas-vivas podem queimar mesmo depois de mortas, por isso não convém tocar nestes animais, mesmo que estejam na areia da praia. Caso fique algum tentáculo no ferimento, é importante tirar com cuidado, utilizando uma pinça.
As queimaduras não são as únicas consequências resultantes do contato com águas-vivas, em alguns casos podem acontecer choques neurogênicos, frutos da descarga de grande volume de líquido peçonhento no sistema nervoso central. “Se ocorrer com você ou com alguém próximo, mantenha-se calmo e procure um agente do Corpo de Bombeiros ou socorrista que estiver por perto. Lave a área como recomendado e procure a urgência”, diz o especialista.
Fonte: SES
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