Aumento de caravelas pode ser perigoso e requer cuidado dos banhistas

Foto: Márcio Dantas/ASN

Quem esteve na praia nos últimos dias provavelmente percebeu um aumento na quantidade de caravelas, animais marinhos que costumam ser chamados popularmente de “águas-vivas”. De acordo com a bióloga Luana Castro, embora a espécie não tenha capacidade de andar, é preciso ficar atento aos locais em que ficam encalhadas e evitar ao máximo qualquer tipo de contato.

Luana explica as caravelas possuem um flutuador e se posicionam de acordo com o ritmo da correnteza, o que acaba ocasionando o aumento da quantidade da espécie em épocas com intensidade de chuvas e ventos. “Apesar de ser um evento esporádico, a situação acaba acontecendo sempre em regiões litorâneas, quando os ventos e as chuvas trazem esses organismos para a praia”, diz ela.

A bióloga Luana Castro orienta que os banhistas evitem ao máximo o contato com os animais (Foto: Arquivo pessoal)

O aumento significativo das espécies nas faixas de areia é chamando de ‘Bloom’ e, segundo a bióloga, pede a atenção redobrada dos banhistas. “A espécie que surge no litoral do nordeste causa mais problemas para os banhistas por liberar toxinas que causam a sensação de queimadura muito forte e que, na verdade, é chamada de envenenamento”, alerta Luana.

Considerando o fato desse tipo de organismo ficar encalhado na areia, o indicado é que os banhistas caminhem observando se há caravelas onde pisam, se afastando ao máximo e, principalmente, não tocando nos animais. Em caso de contato, Luana ressalta que o orientado é que a pessoa não lave o local com água doce ou mineral, nem passe areia. Ela indica que o ferimento seja lavado com água do mar e/ou vinagre para inativar as células e pausar a liberação do veneno que causa a dor.

A bióloga reforça ainda que o contato direto com as caravelas pode causar vermelhidão no local afetado, mas em caso de dor muito forte ou de sinais de reação alérgica, como falta de ar, por exemplo, é preciso procurar atendimento específico informando sobre o ocorrido.

por Juliana Melo e Ícaro Novaes

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