Sergipe é o estado do Nordeste com maior índice de sífilis congênita

Fernanda da Silva conta que é preciso focar no pré-natal para reduzir casos de sífilis congênita (Foto: Portal Infonet)

Os dados da sífilis em Sergipe não são animadores. De acordo com a Secretária de Estado da Saúde (SES) os casos de sífilis estão crescendo muito no Estado. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), apontam que Sergipe é o estado do Nordeste com maior número de casos da sífilis congênita.

A sífilis congênita é uma doença transmitida para a criança durante a gestação (transmissão vertical) e adquirida pela mãe através da relação sexual sem proteção. Os dados do Sinan mostram que em 2019, até o dia 4 de outubro, Sergipe registrou 294 casos. Em 2018, durante todo o ano, foram registrados 332 casos de recém-nascidos com a doença.

Os quatro municípios com maior incidências de casos de sífilis congênita são Aracaju (85 casos), Nossa Senhora do Socorro (49 casos), Estância (16) e São Cristóvão (16 casos). Já os casos de sífilis em gestantes contabilizados no Estado, até o início do mês de outubro, somam 474 casos contra 718 registrados durante o ano de 2018. Aracaju continua liderando a lista com 124 casos, Nossa Senhora do Socorro ocupa a segunda colocação com 61 casos, seguido por São Cristóvão com 27 e Estância com 25 casos.

A responsável técnica estadual para a sífilis, Fernanda da Silva Costa, explica que é preciso investigar no pré-natal para reduzir o número de crianças nascidas com a doença. “É preciso focar em um pré-natal de qualidade, ofertar exames para gestantes, e se tiver a sífilis, convocar o parceiro também e fazer o tratamento. O tratamento é eficaz, a droga que existe é a penicilina e ela faz com que não se transmita para o recém-nascido a sífilis congênita”, explica.

Fernanda lembra a população que na maioria dos casos de pessoas infectadas pela bactéria da sífilis não há manifestação de nenhum sintoma, por isso, a importância de realizar periodicamente exames e usar preservativos durante as relações sexuais. “Os testes rápidos detectam a doença, pode ser feito na rede pública, e o tratamento também é ofertado pelo SUS de forma gratuita e eficiente. O tratamento não deve ser focado apenas na gestante, mas no adulto de forma geral. A sífilis tem cura, mas é preciso tratar”, ressalta.

Seminário aconteceu no auditório da SES (Foto: Portal Infonet)

Seminário

Em alusão ao Dia Nacional da Sífilis, comemorado amanhã sábado, 19, a SES, realizou nesta sexta-feira, 18, o Seminário “Fortalecimento da Vigilância Epidemiológica no Controle da Sífilis” com os 75 municípios sergipanos. O objetivo do encontro é mostrar os indicadores da sífilis no Estado, apresentar o levantamento epidemiológico e o protocolo de investigação vai investigar os casos de sífilis congênita.

Por Karla Pinheiro

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