Sergipe está vivendo um surto de meningite

Secretário reúne jornalistas para falara sobre surto de meningite (Fotos: Portal Infonet)

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta terça-feira, 7, o secretário de Estado da Saúde, Antonio Carlos Guimarães, admitiu a existência de um surto de meningite em Sergipe, concentrado nos municípios de Areia Branca, São Cristovão e Aracaju. Mas não é motivo para pânico, segundo conceituou o secretário. “Ocorreram dois focos bem caracterizados em Areia Branca e São Cristovão e todas as medições que fazemos diariamente nos mostra que a doença está sob controle”, ameniza o secretário. 

De acordo com a estatística apresentada pelo infectologista Marco Aurélio Góes, da Secretaria de Estado da Saúde, em apenas doze dias neste ano, entre os dias 26 de janeiro até a segunda-feira, 6, foram registrados onze casos da doença, do tipo meningocócica, com quatro óbitos. No ano passado, foram registrados 55 casos da doença, entre os quais onze classificados como doença meningocócica. Em Aracaju, ocorreram casos da doença no 18 do Forte e no Siqueira Campos. “É importante a popular estar atenta, alerta e precavida no sentido de riscos, mas entender que não há risco da doença se esparramar”, tranquilizou.

O secretário informa que a situação está sendo monitorada pelo Ministério da Saúde e que não houve aparição de novos casos nos últimos quatro dias no Estado, mas ele não descarta a possibilidade do surgimento de novos casos. Como consequência, o secretário chama a atenção da população para a necessidade de buscar atendimento médico em qualquer sintoma suspeito: febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, dor abdominal, vômitos, manchas no corpo…

Antonio Carlos alerta e tranquiliza população

“A Secretaria de Estado da Saúde está em alerta e acompanha junto com às Secretarias Municipais de Saúde o comportamento da doença e, a partir da identificação de qualquer alteração na situação epidemiológica, medidas serão adotadas a fim de evitar a disseminação de novos casos”, advertiu o secretário.

O secretário advertiu a população para não superlotar o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). “Evitar o desespero é importante. Se a gente aglomerar um número incontável de pessoas na porta de unidades de pronto atendimento ou no Hospital de Urgência, vamos dificultar o diagnóstico bem feito necessário para uma pessoa, sem contar que, também, as pessoas que não têm problema estão se expondo a um risco uma vez que vão se aglomerar na porta de um hospital”, analisou.

Ele informa que a rede do interior do Estado está preparada para o atendimento e diagnóstico da doença. “Toda clínica de saúde da família, todas as unidades de atendimento, todos os prontos socorro de hospital regional estão qualificados e habilitados para suspeitar da situação diagnóstica de meningite”, enalteceu.

O secretário explicou que o surto de meningite surgiu a partir de uma festa ocorrida no povoado Junco em Areia Branca. “Foi um aumento brusco de casos inesperado nesta época do ano, entretanto as ações foram tomadas atentamente e atente acredita que ao menos na Areia Branca e São Cristovão a situação está controlada”, diz.

Guimarães adverte que o surto da doença não é motivo para orientação para suspender aulas, festividades ou encontros religiosos. “Não há descontrole, temos um sistema de vigilância atento que consegue responder de imediato a situação de diagnóstico”, adverte.

De acordo com as orientações do secretário, não há riscos entre vizinhos. Ele adverte que o risco está nas circunstâncias em que as pessoas tenham proximidade dentro do mesmo domicílio, em ambiente fechado, e que a pessoa tenha tido contato com gotículas expelidas pelo paciente com a doença no momento em que fala ou tosse. “Para o contágio, tem que ter contato mais próximo, mais íntimo e prolongado com o paciente”.

Apesar do surto, o secretário admite que não há necessidade de se fechar as divisas do Estado. “Não é necessário fazer controle de entrada e saída de pessoas no nosso Estado”, diz o secretário, informando a Secretaria de Estado permanecerá monitorando todo o Estado e, em caso da situação apresentar qualquer anormalidade até o carnaval haverá avisos prévios.

Prevenção

Manter a higiene – sempre lavar as mãos ao tossir ou espirrar

Evitar contato direto e a exposição às gotículas de saliva do doente

Evitar aglomeração desnecessária em ambientes fechados

Manter o ambiente domiciliar e escolar arejado, bem ventilado, mantendo portas e janelas abertas que possibilite a entrada do sol

Por Cássia Santana

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