SES e ABRAVA realizam evento sobre qualidade do ar em Sergipe

O Workshop PMOC – Plano de Manutenção, Operação e Controle – que tratou da qualidade do ar em ambientes climatizados, públicos e privados (Foto: SES)

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da coordenação Estadual de Vigilância Sanitária (COVISA), em parceria com a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) realizaram, nesta terça-feira, 9, o Workshop PMOC – Plano de Manutenção, Operação e Controle – que tratou da qualidade do ar em ambientes climatizados, públicos e privados, manutenção de equipamentos, os riscos à saúde, bem como o papel da Vigilância Sanitária na fiscalização desses ambientes, de acordo com o que exige a lei nº 13.589/18 e a Portaria nº 3.523/98.

O evento, que aconteceu na sala de cinema do Shopping Riomar, contou com a presença de 70 pessoas, um público composto por empresários, engenheiros, técnicos usuários do setor de climatização, hospitais, escolas, restaurantes, academias, supermercados, lojas, shoppings, representantes de condomínios, empreendedores e proprietários de redes de prestação de serviço, associações e entidades empresariais que compõem o setor, autoridades governamentais e imprensa.

De acordo com o coordenador da Vigilância Sanitária da SES, Antônio de Pádua Pereira Pombo, o resultado é bastante positivo com a participação do público-alvo e a articulação com as empresas que prestam consultorias, fazem os treinamentos, as capacitações daqueles que executam os serviços junto com o órgão fiscalizador, a vigilância sanitária. “São muitas as pessoas que adoecem em ambientes de trabalho, nos ‘edifícios doentes’, por exemplo. Essas pessoas precisam de consultas, medicamentos, o que tem custo, falando dos agravos leves, mas tem os agravos médios e graves, inclusive alguns com potencial de letalidade, como é o caso da contaminação com a bactéria Legionella. Então, a vigilância está no lugar certo, no momento certo, informando sobre sua missão de proteger a saúde da população e vamos ampliar a discussão e construir uma agenda com as vigilâncias municipais para inserir essa demanda na rotina. Não será mais uma demanda, ela já é nossa, a gente só vai ampliar o olhar nos lugares que já visitamos. Esperamos, reduzir os agravos relacionados à climatização. Quanto mais conhecimento, menos pessoas doentes, e menos custo para o SUS com medicamentos e internação”, ressaltou Pádua.

Para o diretor de manutenção da ABRAVA, Maurício Lopes, o tempo de divulgação do evento foi pequeno, mas o resultado foi muito bom. “Esse evento é bom e necessário e agora outros estados já estão solicitando o evento. O primeiro foi em Salvador, esse é o segundo e o próximo será em Alagoas. Vamos estender para outros estados também. É importante o trabalho de conscientização, principalmente do usuário e do proprietário que é fundamental. É preciso saber o que exigir de uma empresa contratada. Manutenção não é algo que se possa economizar, muitas vezes o proprietário ou o usuário quer economizar manutenção, mas, na realidade, ele está perdendo. Uma manutenção mal feita pode ser um prejuízo de 80% ao empreendimento. Então manutenção não é despesa, é resultado, é lucro, produtividade e qualidade de vida”, disse Maurício.

A técnica em edificações, Luciana Gomes Stavale, contou que veio de Salvador para participar. “Acho muito importante estar participando deste evento, principalmente em relação a essa parte da qualidade do ar que muita gente não conhece. As pessoas não têm noção do quanto o ar condicionado pode causar doença, principalmente para quem trabalha o dia inteiro dentre de um hospital, teatro, cinema e escola, por exemplo” enfatizou Luciana.

Legionella, a bactéria do ar condicionado

Em 1982 a Organização Mundial da Saúde (OMS), após a comprovação de que a morte de 34 pessoas e a constatação de que 182 casos de contágio foram causados pela bactéria denominada Legionella pneumophila, identificou o problema como síndrome do edifício doente. Na ocasião a bactéria estava presente nas tubulações do ar condicionado de um hotel na Filadélfia. Um edifício é considerado doente quando cerca de 20% de seus ocupantes apresentam problemas de saúde associados à permanência em seu interior.

A mesma bactéria foi a causa da morte do ministro das Comunicações, Sergio Motta, em abril de 1998. De acordo com os médicos à época, a bactéria presente nas tubulações de ar condicionado causou a insuficiência respiratória que o levou a óbito.

Fonte: SES

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