A Secretaria de Estado da Saúde (SES) registrou nesta terça-feira, 2, o quarto caso de sarampo no Estado. Não é uma notificação nova, na verdade faz parte do pacote de suspeitos que se encontram na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para confirmação ou descarte. Durante o ano, são 23 casos notificados de sarampo com quatro confirmados, dois estão em análise na Fiocruz e 17 foram descartados, segundo informações da diretora de Vigilância Epidemiológica da SES, Mércia Feitosa.
A vítima do sarampo é do interior do Estado. O seu município, localizado na Região Centro-Sul do Estado, executou todas as medidas de prevenção e controle para evitar o surgimento de outros casos, tão logo houve a notificação da suspeita, a principal delas foi o bloqueio vacinal, que alcançou todas as pessoas do convívio domiciliar e social da vítima e que não tinham sido ainda imunizadas contra o sarampo.
A Secretaria de Estado da Saúde deu início a uma segunda etapa de vigilância com a elaboração do plano de contingência que envolve a participação dos municípios que têm casos confirmados. “Entre as ações definidas estão a intensificação da vacina para o adulto e o adolescente com os gestores buscando aqueles que ainda não foram imunizados e a busca ativa em prontuário das redes básica e hospitalar para ver se algum caso suspeito de sarampo possa ter passado despercebido”, anunciou a diretora.
Segundo Mércia Feitosa, de acordo com o plano de contingência, os municípios terão que comprovar a cobertura vacinal de adultos e adolescentes, cuja meta é a mesma destinada a crianças: 95%. Ela explicou que quando se trata da vacinação de crianças é possível fazer o monitoramento pelo sistema, o que não ocorre nas outras duas situações, daí a necessidade da comprovação através de informações que serão passadas semanalmente para a Vigilância Epidemiológica.
Feitosa salientou que as ações atendem a uma solicitação da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e do Ministério da Saúde como medidas de controle do surto de sarampo. Incluiu ainda um monitoramento do Estado por um período de 90 dias após o último caso notificado. Por enquanto, a última notificação ocorreu no dia 11 de setembro deste ano. “O país também vai fazer esse mesmo movimento para que não perca o certificado de eliminação do sarampo”, concluiu Feitosa.
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