Setembro Verde no HU incentiva doação de órgãos e tecidos

Evento ocorreu nesta quarta-feira, 18 (Foto: HU/Ebserh)

O Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) realizou nesta quarta-feira, 18, evento alusivo ao Setembro Verde, mês que simboliza a Campanha Nacional para a Doação de Órgãos e Tecidos.

Um ciclo de palestras contou com profissionais renomados, a exemplo do presidente da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (Cihdott) do HU-UFS, o cirurgião Antônio Júnior.

“É uma ocasião extremamente importante para estimular a doação de órgãos e tecidos em nosso estado, na tentativa de ajudar uma quantidade significativa de pessoas que estão na fila para transplante e que, se não conseguirem esse transplante, correm sério risco de morrer. Eventos como esses devem ser cada vez mais frequentes, conscientizando a população sobre a possibilidade de ajudar outras pessoas, mesmo após o falecimento de um ente querido”, resumiu o médico.

O coordenador da Central de Transplantes de Sergipe, Benito Fernandez, também esteve no evento, onde falou sobre Atuação do Enfermeiro no Processo de Doação de Órgãos e Tecidos. Ele lembrou que, se todos os órgãos estão viáveis, podem ser retirados para doação.

“Quanto mais rápida for a decisão da família sobre a doação, melhor para quem recebe, já que a ênfase do Ministério da Saúde é no doador cadáver, pois, se a família decidir não doar, aquele corpo será sepultado e os órgãos serão perdidos. Temos que disseminar essas informações, conscientizar todos os setores da sociedade, principalmente os profissionais de saúde, que são peças importantes”, afirmou Benito.

Morte encefálica

Outro tema relevante do ciclo de palestras foi o Protocolo para Diagnóstico de Morte Encefálica, abordado pelo médico intensivista José Fernandes, do HU-UFS. “Iniciativas como esse ciclo de palestras têm uma importância muito grande para conscientizar a população, especialmente os trabalhadores da área de saúde sobre a importância da doação de órgãos. Nós temos uma deficiência muito grande no número de doadores, tem toda uma questão cultural envolvida, relacionada a não aceitação da doação de órgãos. O país perde muitas vidas na fila de transplantes por falta de doadores”, ressaltou.

“A doação muitas vezes não ocorre por resistência da família ou até da equipe de saúde, quando não reconhece e não aborda adequadamente a morte encefálica. Em 2017, o Conselho Federal de Medicina editou uma norma definindo e reiterando os critérios de morte encefálica, e é fundamental disseminar essa nova resolução”, opinou Fernandes.

O V Ciclo de Palestras sobre Doação de Órgãos e Tecidos do HU-UFS teve ainda a participação do palestrante André Veiga, médico intensivista do HU-UFS, falando sobre manutenção do potencial doador de múltiplos órgãos e tecidos, além da programação cultural, com a apresentação do Coral Vozes do HU e do grupo Doutolhaços.

Fonte: HU/Ebserh

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