Os servidores das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Nestor Piva e Fernando Franco decidiram em assembleia nesta quinta-feira, 24, que vão fazer uma paralisação de 24h e um ato público no dia 30 de janeiro, em protesto à contratação de uma empresa terceirizada para administrar as unidades hospitalares.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), Shirley Morales, os servidores acusam a Prefeitura de Aracaju de não dialogar com as categorias. “Simplesmente, a secretária de Saúde adentrou no Nestor Piva e disse que todo mundo seria remanejado para os lugares onde a gestão julgasse a necessidade. O que não pode acontecer, pois esses trabalhadores fizeram concurso específico para rede de urgência e, portanto, só podem ser lotados em unidades de saúde ligados a essa rede.
Ainda de acordo com Shirley, os servidores relataram insatisfação com o tratamento dispensado pela empresa terceirizada. “Há uma truculência por parte da administração da empresa. Os servidores relatam que estão sendo maltratados e que houve até agressões verbais. Então, por conta dessas tratativas, da falta de diálogo e por ter comprovação de que a terceirização piora a qualidade do serviço, é que os servidores são contra esse tipo de gestão”.
Outro ponto que é alvo de crítica dos servidores é a readequação do Nestor Piva da condição de hospital para unidade de pronto atendimento (quando não há leitos de internação). “O contrato que a Prefeitura fez reza que a empresa administraria um hospital, que é o Nestor Piva. Mas ontem e hoje, foi afirmado pela empresa e pela gestão que isso vai retroceder e que o Nestor Piva voltará a ser UPA, não tendo mais internação. Os usuários serão prejudicados porque terão que bater à porta do Huse, já que Fernando Franco só tem enfermaria pediátrica”, explica.
SMS
A SMS, por meio de sua Assessoria de Comunicação, disse que realizou reuniões com os servidores e posteriormente com os sindicatos para tratar da terceirização e consequente remanejamento do efetivo. A SMS garantiu ainda que o remanejamento está sendo realizado de maneira que causa o mínimo de impacto à rotina dos servidores.
A SMS disse também que desconhece os relatos dos servidores com relação à postura da empresa terceirizada, mas ressaltou que as pessoas devem procurar a Ouvidoria ou a comissão responsável pela supervisão dos trabalhos para denunciar a situação, oferecendo as informações para que a gestão tome as medidas necessárias.
A SMS esclareceu também que a readequação das unidades já estava prevista nas ações da Saúde, que o local passou por reformas para que se adequasse à condição de UPA e destacou que existe um aditivo no contrato com o Hospital São José para a oferta de 12 leitos de UTI, caso haja necessidade.
por Verlane Estácio
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