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Ângela Melo expõe problemas para governador em exercício (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
(O governador em exercício, Jackson Barreto, prometeu dar uma resposta aos professores quanto às questões salariais na próxima segunda-feira, 10. Os professores, que estão em greve há cinco dias, já estão com assembleia geral marcada para às 15h da segunda, mas Jackson Barreto assumiu compromisso de enviar uma resposta até às 14h.
O compromisso foi firmado no início da tarde deste sábado, 8, depois que o governador em exercício e uma equipe do governo estiveram reunidos com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), encontro que aconteceu no Palácio de Despachos.
O encontro foi iniciado de forma tensa, com a professora Ângela Melo, presidente do Sintese, fazendo uma avaliação da reação dos professores, que chegaram a ocupar o prédio da Secretaria da Fazenda (Sefaz). “É necessário se fazer um tratamento lá [na Sefaz] para acabar com aquelas baratas. É insuportável dormir com baratas”, observou a professora, arrancando gargalhadas dos jornalistas.
Mas, ao final do encontro, ambas as partes consideraram a reunião proveitosa. “Foi uma reunião proveitosa, uma iniciativa bastante democrática. Conversamos de forma muito aberta, mostramos nossos números e o sindicato de forma objetiva colocou suas propostas”, avaliou o governador em exercício.
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Professores são recebidos no Palácio de Despacho |
No entanto, os entendimentos ainda estão longe de serem alcançados. Além do Sintese, temos outras categorias em greve. O governador em exercício chamou a atenção para os aspectos financeiros observando que não estaria disposto a ultrapassar os limites prudenciais da Lei de Responsabilidade Fiscal para não cometer improbidade administrativa. “Vamos fazer uma análise dos números financeiros do Estado e antes da assembleia dos professores, que ocorre na tarde de segunda-feira, daremos uma resposta do que será possível o Estado atender nas reivindicações do Sintese”, informou Jackson Barreto.
A reunião durou cerca de quatro horas, com participação também dos secretários Oliveira Júnior, que está no exercício na pasta da Fazenda, Belivaldo Chagas, da Educação, e Jeferson Passos, de Orçamento e Gestão.
Comissão
Por sugestão do Sintese, o governador em exercício determinou a criação de uma comissão especial, com participação de cinco representantes daquele sindicato, para analisar a folha de pagamento da Educação com o objetivo de verificar e corrigir supostas distorções denunciadas pelo sindicato. Representando o governo, participarão do grupo, técnicos das secretarias de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, Fazenda e Educação. “Atendemos uma solicitação do sindicato”, observou Jackson Barreto. “O objetivo é alinhar possíveis distorções. Acreditamos no nosso secretário Belivaldo Chagas e trabalhamos de forma transparente, por isso vamos implantar essa comissão para que o Sintese esclareça todas as dúvidas dos professores”, afirma o governador em exercício.
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Jeferson Passos também fará parte da equipe para avaliar distorções na folha |
Jackson Barreto também assumiu compromisso de conversar com representantes da Assembleia Legislativa, do Poder Judiciário, do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público do Estado para discutir os encargos previdenciários e salariais que recaem sobre a folha de pagamento do Poder Executivo. Ele explicou que essa é uma reivindicação dos servidores estaduais. “Todos os sindicatos fizeram um apelo para que o governo converse com os demais poderes para ver de que forma poderiam assumir a responsabilidade de seus encargos, para que isso não repercutisse na folha do Estado, inviabilizando, assim, qualquer perspectiva de melhoria salarial para as categorias”, disse. “Esse é um apelo não só do Sintese, mas dos demais sindicatos representativos dos servidores estaduais. Vou tomar a iniciativa de conversar com todas as instituições sobre o limite prudencial. Precisamos da compreensão de todos para atender as reivindicações das diversas categoriais do serviço público.”
Em greve há cinco dias, os professores da rede estadual pleiteiam reajuste salarial do Piso do Magistério e a reestruturação do plano de carreira. Conforme a presidente do Sintese, Ângela Melo, nos últimos dois anos a categoria acumulou perdas salariais no escalonamento da carreira (nível médio, graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado) superior a 30%.
A sindicalista também avaliou positivamente a reunião. “A audiência foi muito proveitosa porque o governador teve o comprometimento em recompor a carreira e em discutir o limite prudencial, no que diz respeito à aposentadoria dos servidores dos poderes legislativos e judiciário. É necessário que haja uma compreensão desses poderes e que eles assumam a aposentadoria de seus funcionários. Também formamos uma comissão para discutir o gerenciamento da folha da Secretaria de Educação, em relação ao excesso de professores fora da sala de aula”, considerou. “Esperamos uma resposta satisfatória sobre o reajuste salarial e segunda-feira, dia 10, faremos outra assembleia às 15horas”, declara a sindicalista.
Com informações da Secom
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