MP determina prioridade para portadores de HIV

MP determina melhorias no atendimento a portadores de HIV ( Fotos: Portal Infonet)

Em audiência na manhã desta quarta-feira, 14, o Ministério Público determinou que os portadores de HIV tivessem acesso com prioridade nas unidades de saúde. Os pacientes serão encaminhados ao Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar), Hospital Urgência de Sergipe (Huse) e Hospital Universitário (HU) para assistência adequada.

Na audiência foram discutidas as condições oferecidas aos portadores de HIV nos hospitais públicos de Sergipe. O coordenador Geral da Articulação de Sergipe da Luta contra Aids (Aselca), Marcelo de Menezes, ficou sendo responsável para fiscalização.

“Com a decisão do MP a partir de abril os gestores da saúde vão prestar assistência adequada aos portadores de HIV. Caso não seja cumprido o acordo voltaremos novamente ao MP”, afirmou. O coordenador da Aselca participará de um Fórum em Natal para discutir a situação da Aids no Brasil. Na oportunidade,  apresentará o que está sendo desenvolvido em Sergipe sobre a doença.

Promotora Euza Missano

“Nós tivemos representantes da luta contra a Aids para criar um fluxo nos hospitais para melhorar a assistência dos portadores de HIV no Estado”, afirmou a promotora Euza Missano.

Também ficou determinado  que  o paciente tenha assistência com prioridade no Cemar, Huse e HU. Na hipótese de atendimento no Cemar, e verificado a necessidade de internação hospitalar, o paciente será encaminhado ao Huse de forma referenciada. O hospital deverá receber o paciente  e manter a assistência por infectologista até a alta do mesmo.

O  Huse manterá uma equipe de infectologista 36 horas semanais garantindo a assistência aos pacientes. No caso de retenção no hospital, eles ficarão em uma área determinada  verde clínica. A definição do fluxo de pacientes começará a partir do mês de abril.

O gerente do Programa Estadual de DST, Almir Santana, também  alertou para o diagnóstico tardio da doença em Sergipe. Apontando a  necessidade de trabalhar a educação básica com a população. O desconhecimento da doença faz com que  o paciente passe por várias unidades atrasando o diagnóstico da doença.

Por Adriana Freitas e Kátia Susanna

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