Samu: 30% das ligações recebidas foram trotes

Das 114.583 ligações registradas, 30 foram trotes

Apesar das campanhas educativas permanentes, o número de trotes passados ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Sergipe, continua alarmante. Para se ter uma ideia, das 114.583 ligações registradas no primeiro semestre deste ano, 30% delas foram trotes. Além dos prejuízos financeiros que uma ocorrência falsa causa ao estado, há ainda o mais agravante: o tempo resposta pode aumentar para o atendimento a uma pessoa que realmente esteja precisando da assistência do Samu, devido a um trote.

“Fazemos campanhas educativas permanentes, em escolas, shoppings e praças, por exemplo, para conscientizar a população de que os trotes geram graves prejuízos ao Samu e a sociedade, mas, infelizmente, o número de chamadas falsas ainda é alto. Quando deslocamos uma ambulância, principalmente a de suporte avançado, para uma ocorrência falsa, a vida de outra pessoa que realmente está precisando de atendimento fica em risco porque o tempo resposta pode aumentar. Portanto, as pessoas precisam se conscientizar de que essa brincadeira de mau gosto pode acabar tirando a vida de alguém”, afirma Ronei Barbosa, coordenador do Núcleo de Educação Permanente do Samu.

Ainda de acordo com ele, a cada cem ligações feitas ao Samu, cerca de 30% são trotes. Ele ressalta também que as ligações falsas congestionam as linhas do Serviço, prejudicando quem, de fato, está ligando para o Samu para registrar uma ocorrência real.

“As linhas ficam ocupadas com os trotes, enquanto alguém que tem uma ocorrência real está tentando ligar pra o Samu. Além disso, toda vez que uma ambulância sai há gastos. Então, se a equipe é deslocada, por exemplo, para atender a uma chamada de parada cardíaca e quando ela chega ao local constata que se trata de uma ocorrência falsa, há desperdício de material, mão de obra, tempo e também de combustível. Ou seja, são inúmeros os prejuízos”, conta.

Quem passa trote?

Segundo Ronei, ainda não há formalmente um perfil traçado das pessoas que passam trotes ao Samu, mas acredita-se que as chamadas falsas sejam feitas, em sua maioria, por crianças no período da manhã, e por adultos à noite, principalmente na madrugada.

“Acreditamos que, pela entonação das vozes, a maioria dos trotes pela manhã é feito por criança e à noite, por adultos homens, que, inclusive, usam muitas palavras de baixo escalão e ofensivas. Tem dias que, de dez ligações recebidas na madrugada, oito são trotes. Por isso, frisamos sempre que a conscientização da população é fundamental e é preciso também que os pais das crianças fiquem atentos para que elas não peguem o telefone para passar trotes, afinal essa brincadeira pode trazer graves consequências”, conclui o coordenador do Núcleo de Educação Permanente do Samu.

Fonte e foto: SES

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