E agora, José?

Por Pedro Menezes O mundo a cada dia está mais complexo e perigoso. No front internacional a única certeza é a tensão e o clima beligerante entre nações. Infelizmente, não dá para esperar grandes mudanças e calmaria. Internamente já começamos a viver a nova campanha eleitoral. As candidaturas até então colocadas, não empolgam o cidadão e em grande medida não inspiram credibilidade. A população brasileira ao longo de décadas tem sido severamente punida pela classe política que ela mesma ajuda a construir. Parece que nunca aprende ou insiste em rasgar o livro que consta esta lição. Não absorve, coitada, qual a melhor estratégia para se defender dos maus dirigentes. Com todo o direito que a Constituição assegura, podemos traçar o perfil de cada candidato. De forma sintética, o que ajuda em grande parte. Zé Serra, o nome da situação, feição eternamente carrancuda, se apresenta carimbado como representante do grande PIB nacional. Não foi capaz de curar as feridas da saúde e em cumplicidade com estados e municípios foi colocado a correr por mosquitos e outras endemias recorrentes. Seu mau humor e sua forma ríspida de tratar graves questões nacionais talvez não consigam ser debelados com tratamentos que usem medicamentos genéricos. Pior ainda se imaginarmos que ainda continua contaminado pela síndrome tucana da indecisão e do famoso “murismo”. O cearense zangado Ciro Gomes, mistura de professor assistente em universidades americanas com orientador de monografias, insiste em dizer que tem solução para todas as tragédias nacionais. Do agudo déficit da previdência, passando pelo desequilíbrio do balanço de pagamentos, afirma categoricamente que em conjunto com Mangabeira Unger, seu mentor e guru, resolverá estas questões. Ciro tenta passar a imagem de garoto prodígio, tentando espalhar seu estilo de gestão cearense para todo o Brasil. Em entrevista não consegue explicar como transformará a raquítica poupança nacional no principal alavancador do desenvolvimento. Talvez conste em seu programa de governo a criação de um ministério do humor conduzido pelos excelentes artistas cearenses. Apostaria que Chico Anísio seria o titular. A história do pão e do circo é sempre atual para a nossa realidade. Com seu perfil de que é capaz de tudo resolver, quem sabe trará a público os rascunhos com a cura da AIDS e do câncer. Garotinho, o maroto pastor fluminense, passa a impressão de que somente a ele Deus escuta. Combinação perfeita de falastrão de rádio com populista de morro, teima em afirmar que reduziu a violência no Rio. Engana-se completamente, o Rio vive sempre em guerra civil. Infelizmente é melhor, que fique lá, localizada, sem que se espalhe para todo o país. Sem propostas consistentes para elevar a taxa de desenvolvimento, intuitivamente acha que todo o imbróglio reside nas elevadas taxas de juros praticadas no país. Enfim, mistifica tudo e quando não encontra argumentos mais robustos apela para a providência divina. Sinceramente, o Brasil já está grandinho para ser comandado por um garotinho. Lula, lá vai para sua quarta tentativa. Mais insistente que Miterrand, querendo presidir a França, ou Nixon para comandar os Estados Unidos. Deverá entrar para o Guiness Book como o mais insistente candidato à presidência de uma nação. Já esgotou todo o seu limitado vocabulário para convencer o eleitorado brasileiro a elegê-lo presidente. Se não mudar, o que é bastante difícil, a forma de falar, interpretar e propor alternativas reais para os problemas nacionais, ficará mais uma vez no cansativo chavão petista “do ponto de vista” ou mesmo que “esta questão deve ser discutida com toda a sociedade brasileira”. Se ainda vivo, Drummond, com toda a sua originalidade e criatividade, repudiaria um a um os nomes colocados e lembraria de seu famoso poema “E agora, José?”. Para nós que ainda cá estamos, dai-nos Deus paciência e sabedoria para enfrentar a avalanche de engodos e baixarias. Já já começa o horário eleitoral gratuito. Vai competir, e bem, com os “Reality Show”. * economista, administrador do Portal Qualidade Sergipe.

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