Permanecem presos os sete homens acusados de envolvimento com o assassinato do líder sindical Clodoaldo Santos Melo, conhecido como Barriga, do SOS Emprego, morto a tiros na porta da própria casa na Barra dos Coqueiros no dia 14 de dezembro do ano passado. Na sexta-feira, 17, a juíza Heloísa de Oliveira Castro Alves confirmou o recebimento da denúncia formalizada pelo Ministério Público Estadual contra os acusados, mantendo-os presos.
Figuram como réus, nesta ação penal, Ricardo Monteiro dos Santos, Jailton Paulino Bispo dos Santos, Sidney Santos de Oliveira, Cezar Júlio Santos da Silva, Everton Cezar Bomfim Santos, André Silva Santana e Leandro Costa Alves. Conforme o termo de audiência publicado nesta segunda-feira, 20, a juíza explica que não há prova, neste momento atual do processo, que “exclua o crime ou isente de pena os réus”.
A juíza destaca no processo que os advogados fizeram defesa genérica, sem apresentar provas que induzissem à inocência dos réus denunciados pelo MP. “Os advogados fizeram apreciações genéricas sobre a inocência de seus clientes e optaram por aprofundar os argumentos defensivos em alegações finais”, destaca trecho do termo de audiência.
A audiência de instrução e julgamento seguirá no mês de setembro quando deverão ser ouvidas outras testemunhas apresentadas pela acusação. Os advogados também pediram a impugnação do ato de reconhecimento dos réus, entendendo que o procedimento teria descumprido normas estabelecidas pelo Código de Processo Penal. A defesa alega que os réus foram todos colocados em uma mesma sala, para fins de reconhecimento, sem estar entre eles outras pessoas que não foram incluídas na investigação, conforme previsto no Código de Processo Penal.
Mas a promotora Ana Paula Souza Viana destacou que aquele momento observado pelos advogados não teria sido utilizado para fazer o reconhecimento dos réus. Teria sido um procedimento adotado no momento dos depoimentos porque as testemunhas optaram por depor sem a presença deles na sala de audiência. Como consequência, os réus foram colocados em outro compartimento do fórum, em ambiente que permitisse apenas a visualização dos réus.
Por Cassia Santana
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