Mais uma vez a juíza Heloísa de Oliveira Castro Alves, da Comarca da Barra dos Coqueiros, reuniu os réus acusados pelo assassinato do líder sindical Clodoaldo Santos Melo, conhecido como Barriga, para ouvir o depoimento de testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público Estadual. Nesta terça-feira, 18, estava previsto o depoimento de oito testemunhas e elas foram ouvidas a portas trancadas no Fórum Antonio Xavier de Assis Júnior, naquela cidade, inclusive sem a presença dos réus, que aguardaram o encerramento das oitivas em uma sala especial dentro do fórum.
Um grupo de nove advogados faz a defesa dos sete réus, que permanecem presos acusados de articular o plano para assassinar o líder do SOS Emprego. A defesa pouco fala. A advogada Gabriela Menezes representou os advogados e garantiu que todos os réus são inocentes. Ela informou que os advogados vão apresentar provas que demonstrarão a inocência de todos os acusados, mas se recusou a revelar detalhes com o argumento de que qualquer informação poderia atrapalhar o curso processual.
A juíza não autorizou a presença de jornalistas na sala de audiência. Ela não conversou com os jornalistas que tentaram acompanhar a audiência de instrução e julgamento, mas mandou recado, transmitido aos jornalistas por um policial militar que estava de plantão no fórum. Segundo o policial, a juíza teria informado que o processo está tramitando em segredo de justiça em decorrência da repercussão política do crime e que ninguém, à exceção das partes envolvidas no processo e as testemunhas convocadas para prestar depoimento nesta terça-feira, 18, poderiam participar da audiência.
Outros depoimentos estão marcados e deverão ser prestados até a próxima sexta-feira, 21. Assim que as testemunhas arroladas pelo Ministério Público e também pela defesa forem ouvidas, os réus prestaram depoimento, ficando, portanto, concluída a fase da instrução e o processo pronto para julgamento.
Relembre o crime
Barriga foi assassinado na noite do dia 14 de dezembro do ano passado. O crime foi cometido por dois homens que se aproximaram da residência da vítima em uma motocicleta. Um dos criminosos chamou a vítima e, assim que Barriga apareceu, vários tiros foram disparados. Os criminosos fugiram. Durante as investigações, a polícia civil identificou sete suspeitos e solicitou a prisão preventiva de todos eles.
Permanecem presos o sindicalista André Silva Santana, Ricardo Monteiro dos Santos, Jailton Paulino Bispo dos Santos, Sidney Santos de Oliveira, Cezar Julio Santos da Silva, Everton Cezar Bomfin Santos e Leandro Costa Alves. A advogada informou que o grupo está analisando o processo para apresentar novos pedidos de relaxamento da prisão dos réus já que alguns habeas corpus já foram negados pelo Tribunal de Justiça de Sergipe.
Por Cassia Santana
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