“Herpes pode provocar dor e deixar sequelas”, diz infectologista

Não há cura para nenhum dos tipos do herpes (Foto: SES)

O herpes zóster é causado pelo vírus da varicela zóster, o mesmo da catapora. É adquirido pelas vias respiratórias e pelo contato com as lesões bolhosas, podendo causar dor e deixar sequelas.  Após a melhora da catapora o vírus permanece latente nos gânglios nervosos e, por isso, quando se manifestam, são em áreas específicas.

Há outros tipos de herpes menos graves como o oral e o genital causados pelos vírus herpes simples tipo 1 e tipo 2 , respectivamente. O primeiro geralmente é adquirido na infância após o contato de algum parente com a lesão ativa através do beijo, por exemplo, e, no segundo caso, a transmissão é sexual. “Como pode ocorrer contato orogenital, podemos encontrar as mesmas doenças cruzadas, ou seja, herpes oral pelo vírus 2 e o genital pelo vírus 1”, explica a médica infectologista do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), unidade hospitalar gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Manuela Santiago Freitas.

“Em Sergipe, vemos muitos casos de herpes, mas os que geralmente chegam a ser hospitalizados são os que apresentam o herpes zóster. O público alvo costuma ser de pacientes com HIV/AIDS, idosos, pacientes oncológicos e com doenças que utilizam medicamentos para suprimir a imunidade. Ao perceber o aparecimento de lesões bolhosas no corpo a pessoa deve procurar atendimento médico imediatamente para iniciar o tratamento o mais rápido possível”, diz  Manuela.

Não há cura para nenhum dos tipos do herpes. “Todos permanecem em nosso organismo e os principais fatores desencadeadores são a queda de imunidade, por uma doença ou uso de medicações imunossupressoras e o estresse. Complicações graves podem ocorrer como a meningite motivada por esses vírus e, se atingir o olho, pode causar cegueira. O herpes ocular não tem um vírus específico. Geralmente é consequência de algum desses afetando a região próxima ao olho”, ressalta a infectologista.

O herpes ocular, em geral, é unilateral, isto é, afeta apenas um dos olhos. Pode incidir na pálpebra, sob a forma de pequenas vesículas que, depois de duas semanas secam e criam crostas; na conjuntiva, com sintomas semelhantes aos da conjuntivite; e na córnea (ceratite herpética), a mais grave, que pode provocar uma inflamação recorrente e a formação de úlceras e de cicatrizes que podem levar à perda progressiva da visão, se a doença não for tratada a tempo.

Prevenção

A forma de prevenir é evitar ter contato com pessoas que tenham a doença ativa como, por exemplo, através do compartilhamento de objetos, como louças, maquiagens, toalhas e outros itens que estejam infectados. “Porém isso é muito difícil porque nem sempre a doença é perceptível”, comenta doutora Manuela.

Fonte: SES

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