Comitê Sergipano critica retomada econômica e reivindica lockdown

(Foto: Ascom/Emsurb)

Frente ao expressivo crescimento das contaminações e mortes pela covid-19 em Sergipe, registrado nos últimos dias, o Comitê Sergipano Popular pela Vida (COPVIDA/SE)  emitiu, nessa quinta-feira (25), uma nova Carta Aberta, em que expressa preocupação com a reabertura econômica no estado e defende o lockdown.

Reunindo mais de 40 entidades da sociedade civil, coletivos de direitos humanos, povos e comunidades tradicionais, movimentos sociais e populares, o COPVIDA/SE busca, por meio da Carta, sensibilizar o Governo do Estado sobre a preservação da vida, pautando a importância das medidas adotadas pelo Governo serem respaldadas em dados científicos.

A respeito disso, na carta, o COPVIDA/SE frisa que “é inacreditável que o Estado de Sergipe, que se encontra com a taxa de ocupação de 84% das UTI’s públicas e privadas, sem qualquer programa ou projeto de testagem em massa da população, com a curva de contaminação em crescimento, continue nessa aventura anticientífica e inconsequente de retomada da atividade econômica”.

Conforme dados dos boletins epidemiológicos da Secretaria de Estado da Saúde, já foram registradas, até o dia 24, 524 mortes pelo novo coronavírus em Sergipe, sendo que mais da metade, 366, foram apenas no mês de junho, o que configura uma aceleração acentuada dos óbitos.

Na carta, o Comitê também denuncia a ausência de diálogo por parte do Governo do Estado com a sociedade civil organizada, ao lembrar que “o Plano Popular de Enfrentamento à COVID-19 em Sergipe (Plano Popular pela Vida) foi protocolado no dia 8 de junho de e até agora não há nenhum retorno do Governo de Sergipe sobre essa iniciativa popular. O COGERE (Comitê de Retomada Econômica) e o CGE (Comitê Gestor de Emergência), que não possuem nenhuma representação popular, continuam a tomar decisões anticientíficas, em total descompasso com os dados de contaminação e mortes no estado de Sergipe”.

Como medida principal, mas não única, para a preservação das vidas em Sergipe, o COPVIDA defende que o Governo do Estado determine, de forma imediata, o lockdown. “O Estado é o principal responsável pelo sucesso ou não do isolamento social. Infelizmente tal qual colocamos na Carta, podemos exemplificar que as pessoas só se conscientizaram da obrigação do cinto de segurança nos automóveis mediante blitz educativas e aplicação de multas. Essas medidas foram fundamentais para a redução de mortes no trânsito. Nesse momento, a rigidez com o isolamento por meio do lockdown, aliado a outras medidas de apoio a quem tem fome, é urgente por parte do Estado para evitar ainda mais óbitos pelo coronavírus”, destacou Lídia Anjos, do Movimento Nacional de Direitos Humanos, que integra o COPVIDA/SE.

A Superintendência de Comunicação do Governo do Estado disse que os trabalhadores possuem representante nos Comitês, que é Ronildo Almeida, presidente da Federação dos Empregados no Comercio e Serviços do Estado de Sergipe (Fecomse). Sobre o plano citado pelo Comitê Sergipano Popular pela Vida, a Superintendência ainda não tem informações. O Portal Infonet permanece à disposição por meio do telefone (79) 2106 8000 e do email jornalismo@infonet.com.br.

 

Com informações da Assessoria de Imprensa 

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