Xeque-Mate: grupo distribuia droga ao custo de R$ 15 mil

A organização criminosa trazia e comercializava maconha do tipo “Skunk” para o estado de Sergipe(Foto: SSP/SE)

Foi deflagrada nesta quinta-feira, 24, a Operação Xeque-Mate realizada Polícia Civil de Sergipe. O objetivo é desarticular um grupo criminoso que atua na distribuição do entorpecente conhecido como maconha do tipo skunk, com custo estimado de R$ 15 mil/kg,

A operação está sendo realizada de forma simultânea nos estados de Sergipe, Alagoas e Mato Grosso do Sul. As investigações foram conduzidas pelo Departamento de Narcóticos (Denarc) e pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), com o apoio da Divisão de Inteligência (Dipol). A ação contou com o apoio operacional da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).

Na ação policial, na manhã desta quinta-feira, 24, um homem e uma mulher, integrantes da organização criminosa foram localizados na região do conjunto Costa e Silva, na capital. Eles entraram em confronto com os policiais, foram socorridos, mas não resistiram aos ferimentos e vieram a óbito.

A mulher possuía duas condenações por tráfico de entorpecentes e duas por porte ilegal de arma de fogo. Ela era a principal liderança da organização criminosa nas ruas e bastante conhecida pelo seu perfil violento, ao determinar e coordenar as execuções de traficantes rivais.

As investigações tiveram início no final de maio de 2020, depois que os investigadores verificaram um crescimento no tráfico de drogas desse tipo de entorpecente em solo sergipano. No total, a operação tem como foco o cumprimento de sete mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão. As sentenças judiciais foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Aracaju,

O procedimento investigativo apontou um sergipano de 35 anos, como o chefe da organização criminosa. Diante da periculosidade dele, a pedido os órgãos de inteligência de Sergipe e Pernambuco, ele foi transferido para a Penitenciária Federal do Mato Grosso do Sul.

Nos últimos meses, foram diversas operações realizadas pela polícia de Sergipe que visavam desfalcar a organização criminosa, que vinha crescendo no estado. Em comparação com a maconha comum, a Skunk é mais valorizada no mercado ilícito. A organização criminosa investigada estava invadindo bairros da Grande Aracaju, como América, Suíssa, São Carlos, além do conjunto João Alves.

A venda direta ao consumidor desse tipo de droga, normalmente, ocorre em pequenas quantidades e em poucas gramas. Raramente não excede 10 gramas desse tipo de narcótico. No entanto, Mauro Sérgio vendia em grandes quantidades, tentava se tornar o fornecedor exclusivo e se intitulava como o rei da maconha skunk em Sergipe, motivo pelo qual a operação recebeu o nome de Xeque-Mate, alusivo a movimentação final do jogo de xadrez.

De acordo com a polícia civil, o sergipano conseguiu estruturar a organização criminosa em Sergipe e consolidou-se como uma das suas principais lideranças. A organização criminosa, com posto de comando sediado em Recife (PE), estava enviando, periodicamente, grandes quantidades de carregamentos de entorpecentes do tipo maconha skunk para Sergipe.

Os investigadores ainda descobriram que o grupo também enviava armamentos e munições variados, que vão desde revólveres e pistolas a, até mesmo, fuzis de grosso calibre, com as respectivas munições. O grupo criminoso possui ramificações em outros estados e estava estruturalmente organizado, com postos de comando e de divisão de tarefas para atuação nos crimes de tráfico de drogas, de armas de fogo e munições, assim como também para a prática de homicídios.

*Com informações da SSP/SE

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