Infectologista alerta para as doenças com transmissão comum no outono

Chegada do outono intensifica as chuvas e aumenta a transmissão de doenças (Foto: Freepik)

Em Sergipe, o outono foi iniciado com muitas chuvas, prometendo deixar a temperatura mais amena, irrigando as plantações e mitigando os efeitos da seca. Porém, apesar de trazer benefícios, esta estação do ano pode trazer também algumas doenças provocadas pelo acúmulo e contaminação da água.

Segundo a médica infectologista Mariela Cometki, a chuva em si, não é um agente contaminante, o problema é a água de enxurrada, que pode ser contaminada ao longo do trajeto e provocar a transmissão de doenças.

“O acúmulo de água, por exemplo, mesmo que seja proveniente da chuva, pode gerar criadouros de mosquitos transmissores das arboviroses, como a Dengue, a Chikungunya e a Zika. Os sintomas são variados e vão desde febre alta e dores musculares articulares, até manchas vermelhas e hemorragias”, disse.

Mariela Cometki, médica infectologista (Foto: divulgação)

A médica ainda alerta que a pessoa precisa ficar atenta caso tenha contato direto da água das enxurradas com a boca. “Caso haja contato direto da boca com a água de enxurrada, é preciso atenção, pois viroses intestinais, a exemplo da hepatite A, podem ser transmitidas com a ingestão de água contaminada, levando ao aparecimento de sintomas como: diarreia, vômitos e até amarelamento dos olhos”, afirmou a Dra. Mariela.

Doenças respiratórias

Além desses, outros prejuízos causados pelas chuvas são o excesso de mofo nas paredes provocado pela umidade nas casas, que pode ocasionar problemas respiratórios, como rinites, e também a transmissão da leptospirose, doença causada por uma bactéria que penetra na pele, provocando lesões.

“Nesse período, acontecem oscilações de temperatura e diminuição da umidade relativa do ar. Com o ar mais seco, aumenta-se assim a concentração de poluentes na atmosfera. Com as baixas temperaturas e poluição do ar, há maior risco de doenças respiratórias. Os ambientes fechados são propícios para a disseminação dos vírus, pois as gotículas respiratórias também contaminam o ambiente. Sabendo disso, é importante manter ambientes ventilados e lavar as mãos com frequência”, explicou a infectologista.

Vale ressaltar que, ao longo deste período, é importante estar atento às formas de prevenção. No caso das doenças respiratórias, manter os hábitos já amplamente divulgados: lavar bem as mãos, cobrir boca ou nariz ao tossir, evitar aglomerações, entre outros. Para minimizar as probabilidades de contrair doenças provenientes da água contaminada, também há dicas. São elas: evitar contato com poças de água e jogar fora alimentos e objetos que tenham entrado em contato com ela; evitar contato com lama; certificar-se de que a sua casa está livre de regiões com água acumulada e parada, e lavar bem os alimentos.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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