Os turistas e visitantes que irão participar da 27ª Missa do Cangaço, neste domingo, 28, serão recepcionados por condutores ambientais capacitados pelo Monumento Natural Grota do Angico, Unidade de Conservação (UC) gerenciada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac).
Com saída prevista para as 7 horas, tendo como ponto de partida a sede do Mona, os grupos serão conduzidos por uma trilha de aproximadamente um quilômetro até o local da missa. A cerimônia está marcada para começar às 8 horas.
A gerente de Áreas Protegidas e Florestas da Semac, Valdelice Barreto, gestora da UC, explica que os comboios e excursões que acessarão a unidade por terra serão recepcionados e acompanhados por cerca de 20 condutores ambientais. Ainda segundo ela, esse apoio na coordenação do controle de acesso à unidade acontece também pelo rio São Francisco, por meio dos Restaurantes Angicos e EcoParque.
O trabalho dos condutores ambientais visa garantir a preservação e conservação da UC, além de proporcionar aos visitantes uma experiência única sobre as particularidades ambientais e culturais da unidade. Os profissionais, que residem na comunidade do entorno do Monumento Natural Grota do Angico, também atuam com ações socioambientais, como educação ambiental, organização comunitária e manejo sustentável.
A 27ª Missa do Cangaço é realizada pela Oscip Sociedade do Cangaço, que tem como fundadora a jornalista Vera Ferreira, neta de Virgulino Ferreira da Silva (Lampião) e Maria Gomes de Oliveira (Maria Bonita). A cerimônia é realizada em memória de Lampião e seu bando, mortos no dia 28 de julho de 1938, na antiga Fazenda Angicos, em Poço Redondo. Mobilizando toda a região e visitantes de vários estados, o ato religioso já se tornou uma tradição no alto sertão sergipano por promover uma imersão sobre a cultura popular, a história do cangaço e as belezas naturais da Caatinga.
Grota do Angico
Localizado entre os municípios de Canindé de São Francisco e Poço Redondo, o Mona Grota do Angico é uma unidade de conservação e proteção integral. “Esta unidade de conservação foi criada com dois apelos: o apelo ambiental, que é preservar a Caatinga e esse fragmento de dois mil hectares preservado que ainda existe aqui na Caatinga, mesmo com toda a agressão de pastagem, e o patrimônio cultural, já que é a área onde Lampião morreu, então é uma reverência ao cangaço, além de ser uma área que se tornou sítio arqueológico e que foi reconhecido pelo Iphan”, concluiu Valdelice Barreto.
Fonte: Governo de Sergipe
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