Relatório TCE: Bombeiros não foram notificados

Relatório foi provocado por conta da falta de estrutura para debelar incêndio (Fotos: Portal Infonet)
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Nailson Santos, informou que ainda não recebeu o relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que detectou irregularidades, como falta de escada magirus, de viaturas e de instalações, principalmente no município de Estância, onde foi detectada a falta de estrutura no prédio e nas viaturas.

Nailson Santos comenta que ficou sabendo de alguns pontos contidos no relatório por meio da imprensa. “Até o momento eu não recebi o relatório e não tenho como falar de uma coisa que ainda não chegou às minhas mãos, mas pelo que verifiquei na imprensa sobre a falta de viaturas em Estância, no dia em que o técnico do TCE esteve no local, uma das viaturas tinha acabado de bater o motor, mas imediatamente o problema foi

Energisa auxiliou nos trabalhos devido à falta de escada magirus
solucionado”, garante, explicando que os bombeiros serão transferidos para outra sede por conta de obras na BR-101.

Quanto à escada magirus, o comandante afirmou que “a única escada foi adquirida em 1986, completando 24 anos de operação. Durante todo esse tempo, ela foi utilizada apenas duas vezes: uma no incêndio nas Lojas Brasileiras, no calçadão da João Pessoa, e outra em um incêndio na Praça da Imprensa. O Governo está participando de uma concorrência internacional para adquirir uma plataforma capaz de dar suporte ao combate de incêndios em edificações com até 54 metros de altura, o equivalente a um prédio de 17 andares”, diz, garantindo, que os bombeiros não estão sucateados.

Coronel Nailson: “Bombeiros não estão sucateados” (Foto: Marco Vieira)
Investimentos

“Elaboramos um planejamento estratégico para aquisição de equipamentos e viaturas, sobretudo veículos de combate a incêndios, para minimizar a deficiência da capacidade operacional. Novos veículos já foram adquiridos e apresentados a população durante o desfile cívico. São cinco caminhões Auto-Bomba Tanque (ABT), uma carreta de apoio operacional com capacidade de armazenamento de 48 mil litros de água. Só estes veículos ampliam a capacidade operacional de combate a incêndios em 45% em relação à antiga frota”, destaca  o coronel, acrescentando que já chegaram cinco botes infláveis e já licitou a aquisição de três Jet skis.

Procurador João Augusto Bandeira de Mello solicitou a auditoria no CB

Está em processo de preparação a compra de mais cinco viaturas de salvamento, cinco picapes e três caminhões plataforma, similares aos utilizados pela companhia de energia elétrica, que darão suporte ao combate a incêndios de menor proporção, além de terem mais mobilidade que os caminhões de grande porte. “Recebemos uma média diária de 10 ocorrências na Grande Aracaju e três no interior. Com a estrutura que estamos montando, vamos operar com uma ampla margem de segurança para atendimentos que vão de captura de animais, insetos, acidentes e incêndios de grande porte”, argumenta Santos.

Estrutura física

O comandante anunciou ainda a ampliação do antigo prédio onde funcionou o hospital psquiátrico Adauto Botelho, o que permitirá que toda a parte operacional seja transferida do quartel da rua Siriri para lá. “O local será a sede do 1º Grupamento de Bombeiros Militares, a sede operacional para as ações na capital, enquanto na rua Siriri serão mantidas as atividades administrativas” detalha coronel Nailson, destacando a implantação de uma unidade em Nossa Senhora da Glória.

Relatório

O relatório de inspeção foi elaborado pelos técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) com base na estrutura atual do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE) por conta das dificuldades para debelar um incêndio no depósito de uma loja de produtos importados no Centro de Aracaju.

Por causa da falta da escada magirus, foi preciso utilizar uma escada da Energisa. A operação contou ainda com o auxílio de caminhões-pipas da Deso e da Emsurb. Após a conclusão do relatório detectando falhas, o Corpo de Bombeiros será notificado, devendo se pronunciar em um prazo de 30 dias a partir do recebimento da notificação.

A ação do TCE junto ao Corpo de Bombeiros atende a uma solicitação do procurador geral do Ministério Público de Contas, João Augusto dos Anjos Bandeira de Mello.

Por Aldaci de Souza

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