Em um dossiê detalhado, foram apresentadas as evidências dos ataques praticados nas redes sociais e diversos canais de comunicação

A deputada estadual Linda Brasil (Psol) acionou as autoridades na manhã desta segunda-feira, 12, para denunciar formalmente os crimes violências políticas, ameaças e manifestações transfóbicas. Em um dossiê detalhado, foram apresentadas as evidências dos ataques praticados nas redes sociais, assim como em outros canais de comunicação.
De acordo com Linda Brasil, o levantamento demonstra um padrão de ofensivas que afetam parlamentares em diversas regiões do país. “Os ataques, intensificados por uma campanha orquestrada nas redes sociais, por setores da extrema direita, visam deslegitimar a atuação política de mulheres trans e travestis, assim como silenciar vozes dissidentes no campo dos direitos humanos e da diversidade”, considerou.
No dossiê entregue à Delegacia de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAGV), ao Ministério Público Federal (MPF/SE), ao Ministério Público Estadual (MPE/SE) e à Polícia Federal (PF), foram reunidas mais de 120 mensagens de ameaças, injúrias e discursos de ódio – com teor discriminatório e violento -, enviadas publicamente e de forma privado. A deputada apresentou Notícia Crime e requisitou a apuração formal dos fatos por parte da Polícia Federal e Polícia Civil. As mensagens violam a dignidade humana, a identidade de gênero e o exercício legítimo do mandato eletivo.
Linda Brasil destacou que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece a transfobia como crime equiparado ao racismo, conforme a Lei nº 7.716/1989. “Quando me atacam e tentam me deslegitimar, não estão afetando apenas a mim, mas também o funcionamento da democracia representativa e desestimulando a participação política de outras mulheres, pessoas trans e membros da comunidade LGBTQIA+. Fui eleita democraticamente. Não vou recuar ou me silenciar. Vamos buscar todos os meios necessários para coibir esses crimes praticados de forma covarde, principalmente pela internet”, afirmou.
A equipe da parlamentar aponta que os ataques foram potencializados por vídeos recortados e divulgados fora de contexto, como parte de uma estratégia de desinformação que instiga o ódio e a violência simbólica e psicológica. “Esse tipo de prática distorce informações e incita o discurso de ódio, gerando uma onda de violência. Nenhum debate público relevante é promovido com esse tipo de conteúdo. Pelo contrário, ele alimenta a violência de gênero e compromete o ambiente democrático”, reforçou Linda.
Ameaças de morte e violência sexual
Entre os anos de 2023 e 2024, Linda Brasil já denunciou ao menos três ameaças de morte e violência sexual, todas enviadas anonimamente ao seu e-mail institucional. Uma delas ocorreu no Dia do Orgulho LGBTQIA+, ocasião em que os agressores exigiram sua renúncia ao cargo.
As ameaças, que têm se repetido em diferentes estados do país, também foram denunciadas por outras figuras públicas trans e travestis. As forças de segurança estão investigando o caso.
Com informações da Assessoria Parlamentar
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