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Licitação do transporte foi debatida no Cabaré de Quinta (Foto: Portal Infonet) |
A licitação do transporte público de Aracaju foi o centro das atenções durante o debate ocorrido nesta quinta-feira, 6, no Cabaré de Quinta. A discussão inicialmente relacionada aos problemas enfrentados pelos usuários contou com a presença da secretária de Defesa Social Georlize Teles, do coordenador do Movimento não Pago, Demétrio Varjão; do médico e vereador Emerson Ferreira; e do empresário Adierson Monteiro.
Georlize Teles foi enfática ao afirmar que a licitação apresentada pela gestão anterior da Prefeitura de Aracaju não atende a ninguém e nem à Aracaju. “Foi dito que se fez a licitação para um ganho político, mas a licitação que aí está foi feita para enganar o povo”, diz.
A secretária destaca ainda que a atual gestão da PMA já se posicionou frente ao assunto. “Estamos argumentando a licitação através de outros mecanismos. É preciso que as pessoas entendam que a discussão é bem maior e ainda convencer o judiciário de que temos que avançar neste processo”, afirma.
Empresas
Sobre o assunto, o empresário Adierson Monteiro esclareceu que as empresas foram contra o processo de licitação somente pelo fato de terem encontrados vícios e erros no edital. “É um engano achar que a licitação é um péssimo negócio para o empresário. Nas cidades, onde o transporte foi licitado, o empresário teve tranquilidade. Com a licitação, não há politicagem e nem demagogia barata”, explica.
Na opinião do empresário, é preciso um projeto sério de transporte urbano em Aracaju. “É necessário um sistema integrado, dando corredores exclusivos aos ônibus, abrigos e informativos. A porcentagem dA passagem paga pelo cidadão que vai para a SMTT deve ser investida em melhorias”, ressalta.
Movimento Não Pago
Para Demétrio Varjão do Movimento Não Pago, a exigência de certidão negativa tem sido um grande entrave para as empresas quando o assunto é licitação. “Informações da Procurado Geral da Fazenda dão conta de quem as empresaS de Aracaju tem dívidas que chegam a 600 milhões. Certamente, estas empresas não querem licitar, por que sabem que não vão ganhar”, afirma.
Demétrio destaca que o fato de não existir uma licitação não impede o poder público de fiscalizar a atuação das empresas. Ainda na visão do integrante do Movimento Não Pago, a tão sonhada licitação somente será válida se trouxer verdadeiras melhorias ao sistema de transporte. “Se o edital que temos hoje não for modificado, não teremos nenhum avanço. É preciso um processo democrático que escute a população com cláusulas específicas para ela”, opina.
Participação da população
O vereador Emerson Ferreira afirmou que a gestão pública não tem como prioridade o bem comum. “A gestão pública é atravessa por uma série de interesses. Não se tenta uma licitação e quando tenta, não há participação da população. Por isso, a questão do controle social e da participação popular não avançam”, ressalta.
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