Secretários do país debaterão segurança em Sergipe

Robert Rios: "polícia tem medo de fazer enfrentamento" (Foto: Ascom/SSP Piauí)

Os secretários de segurança pública de vários Estados brasileiros estarão reunidos em Sergipe para debater os problemas da violência no país e eleger o novo presidente do Conselho Nacional de Segurança em encontro que ocorrerá durante dois dias em Aracaju. Há perspectiva da participação do ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça no segundo dia do evento.

O encontro começa nesta quinta-feira, 13, e se estende até a sexta-feira, 14, quando ocorrerão variados debates. Por ser o mais antigo na função, o secretário de segurança do Estado do Piauí, Robert Rios Magalhães, conduzirá o processo para eleger o novo presidente do Conselho Nacional, cujo cargo está vago desde que o ex-presidente Wilson Damásio deixou o comando da Secretaria de Defesa Social do Estado de Pernambuco.

Em entrevista concedida ao Portal Infonet, por telefone, o secretário Robert Rios lamentou a onda de violência que predomina no país, condenou a legislação brasileira por “proteger” adolescentes infratores e defendeu um procedimento padrão no país para enfrentar e combater os atos de vandalismo ocorridos durante as manifestações de protesto em todo o país.

“Infelizmente inventamos o bandido juvenil. Fabricamos esta nova modalidade que toma conta das cidades. Eles cometem crimes, são presos, mas depois são soltos e voltam a praticar os mesmos crimes nos mesmos lugares e com grande crueldade”, observa o secretário, referindo-se aos adolescentes infratores.

O encontro que ocorrerá em Sergipe, na ótica do secretário do Piauí, será a grande oportunidade que o Governo terá para debater a questão e encontrar um procedimento padrão para enfrentar os atos de vandalismos infiltrados nos movimentos sociais em manifestações de protesto de forma a proteger os cidadãos e evitar que continue ocorrendo mortes, a exemplo do episódio que matou o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, que, em plena atividade profissional, foi atingido por um rojão durante manifestação no Rio de Janeiro.

O secretário não comunga com a tese da redução da maioridade penal, mas defende a criação de escolas presídios para abrigar adolescentes infratores e que eles sejam condenados a  cumprir pena estudando, até a graduação completa. Robert Rios observa que o Estado não tem forças para combater o vandalismo porque a “polícia está com medo” de fazer o enfrentamento. “Não há um manual de atuação para definir as regras de como agir em casos como este”, explica, referindo-se aos atos de vandalismo detectados nas manifestações de protesto em várias cidades  brasileiras.

Por Cássia Santana

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