Presídios acolhem 185 detentos doentes em Sergipe

Sejuc confirma deficiência para atender doentes nos presídios (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Cerca de 185 detentos custodiados nos presídios sergipanos estão com doenças classificadas graves, e muitas delas de fácil transmissão a exemplo de tuberculose e Aids. Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc), há dois presos internados no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), monitorados por agentes penitenciários. De acordo com a Coordenadoria de Saúde da Sejuc, entre os doentes, 15 são soropositivos [portadores do vírus HIV transmissor da Aids], 28 estão com tuberculose, 116 são hipertensos, 19 tem diabetes e sete com hanseníase.

Os números são preocupantes na ótica do presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Sejuc (Sindpen), Luciano Nery. “A situação é preocupante porque só o Compemcan [Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto, em São Cristovão] tem uma estrutura adequada com enfermaria para atender estes pacientes e a enfermaria está superlotada”, comenta o sindicalista.

Para Nery, um cenário que poderá afetar a saúde dos agentes penitenciários e dos próprios familiares dos detentos durante as visitas. Segundo Nery, o Copemcan recebe uma média de 500 visitantes diariamente. “Vez por outra há detentos encaminhados para o Huse”, diz. “Na semana passada, três morreram no Huse com tuberculose”, relata.

Estrutura

Conforme o coordenador de saúde da Sejuc, Thiago Rodrigues, os pacientes recebem atendimento nas estruturas mínimas existentes em cada unidade de saúde implantadas com a parceria de prefeituras onde as unidades prisionais estão instaladas. Esta estrutura mínima, conforme o coordenador, há presença de médico e auxiliar de enfermagem [no mínimo], o que existe na maioria das unidades prisionais.

A exceção, segundo o coordenador de Saúde, está no Presídio de  Nossa Senhora da Glória, onde a deficiência na estrutura é consquência da falta de profissionais que se recusam a trabalhar na unidade devido às rebeliões que ocorreram, inclusive com registro de morte.
De acordo com a Sejuc, o sistema prisional está custodiando 5,1 mil detentos em todas as unidades disponíveis no Estado. O coordenador revela que, a exemplo do que acontece em nível nacional, o Estado de Sergipe encontra dificuldades financeiras para aparelhar adequadamente os presídios com estrutura ideal para prestar atendimento médico aos detentos.

Por Cássia Santana

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