Preço do arroz apresente alta de 18,81% em Aracaju

Preços do arroz subiu em 18,81% em Aracaju

Em fevereiro, os preços dos gêneros alimentícios essenciais subiram em nove das 18 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores elevações foram apuradas em Aracaju (5,31%), Florianópolis (2,49%) e Rio de Janeiro (1,35%). Retrações ocorreram em João Pessoa (-3,47%), Manaus (-3,44%) e Brasília (-2,91%).

Em fevereiro de 2014, Florianópolis foi a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 330,75), seguida por Vitória (R$ 328,43) e São Paulo (R$ 325,35). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 225,57), João Pessoa (R$ 255,00) e Salvador (R$ 262,78).

Com base no custo apurado para a cesta de Florianópolis, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas. Em fevereiro de 2014, o menor salário pago deveria ser R$ 2.778,63, ou seja, 3,84 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. Em janeiro, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.748,22, ou 3,80 vezes o piso vigente. Em fevereiro de 2013, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.743,69, o que representava 4,05 vezes o mínimo de então (R$ 678,00).

Variações acumuladas

Nos dois primeiros meses de 2014, oito capitais apresentaram alta nos preços da cesta básica. As maiores elevações ocorreram em Aracaju (4,05%), Florianópolis (3,58%) e Vitória (2,19%). Outras 10 cidades tiveram redução, que oscilaram entre -4,55% em Belo Horizonte e -0,25% no Rio de Janeiro.

Em doze meses – entre março de 2013 e fevereiro último cinco das 18 cidades apresentaram alta: Florianópolis (5,18%), Vitória (4,80%), Belém (4,24%), Rio de Janeiro (2,57%) e Curitiba (0,08%). Nas demais localidades, os recuos oscilaram entre -5,58% (João Pessoa) e -0,10% (Recife).

Cesta x salário mínimo

Em fevereiro, para comprar os gêneros alimentícios essenciais, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisou realizar, na média das 18 capitais pesquisadas, jornada de 88 horas e 30 minutos, tempo ligeiramente menor que as 88 horas e 51 minutos exigidas em janeiro. Em relação a fevereiro de 2013, a jornada comprometida foi menor, já que naquele mês eram necessárias 94 horas e 57 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em fevereiro deste ano, 43,73% de seus vencimentos para comprar os mesmos produtos que em janeiro demandavam 43,90%. Em fevereiro de 2013, o comprometimento do salário mínimo líquido com a compra da cesta equivalia a 46,91%.

Comportamento dos preços

O preço do leite diminuiu em 16 localidades, sendo que os maiores recuos aconteceram em Recife (-7,01%), Curitiba (-5,17%), Brasília (-4,75%) e Belém (-4,35%). Houve aumento de preços em duas cidades apenas: Aracaju (0,50%) e Campo Grande (0,44%). Apesar da menor produção do leite devido à seca, houve diminuição do preço do bem, já que o volume de estoque nos laticínios e cooperativas é alto. Isso reduziu o ritmo de compra de matéria prima por parte das empresas. Em 12 meses, houve aumento em todas as capitais, com variações entre 2,53% em Manaus a 18,34% em Aracaju.

O preço do feijão diminuiu em 15 capitais no mês de fevereiro. As maiores quedas ocorreram em Recife (-9,95%), Fortaleza (-7,45%), Natal (-5,97%), João Pessoa (-5,69%), Salvador (-5,49%) e São Paulo (-5,07%).  Os aumentos aconteceram em Manaus (5,56%), Aracaju (4,20%) e Belém (2,34%). Na comparação anual, os preços decresceram em 11 capitais, com as variações mais expressivas em Fortaleza (-37,35%), Goiânia (-35,74%), São Paulo (-35,51%) e João Pessoa (-35,32%). As maiores altas acumuladas foram registradas em Florianópolis (27,72%), Rio de Janeiro (17,04%) e Porto Alegre (17,01%).

Grandes estoques de feijão, reunidos desde dezembro, seguram o preço ao consumidor. Porém, há previsão de aumento do valor do grão, diante do calor excessivo e da desvalorização do real, uma vez que parte do feijão consumido internamente vem de fora do país.

O açúcar também mostrou, em fevereiro, redução no valor em 15 cidades e estabilidade em Natal. As maiores quedas aconteceram em Brasília (-5,98%), Salvador (-3,83%), São Paulo (-3,78%), Vitória (-3,16%) e Rio de Janeiro (-3,11%). Somente em Aracaju (4,84%) e Curitiba (2,89%) houve elevação. Apesar do aumento nos preços internacionais do açúcar, a redução dos valores no varejo se deve aos altos estoques existentes e à necessidade de as usinas flexibilizarem os valores para venda de açúcar.  Em 12 meses, o valor do bem aumentou apenas em Manaus (7,10%), nas demais capitais houve recuo, com destaque para a variação de Brasília (-16,90%), São Paulo (-16,82%) e Florianópolis (-16,67%).

No mês de fevereiro, os preços do arroz subiram em 12 cidades. Os aumentos mais significativos ocorreram em Aracaju (18,81%), Curitiba (4,63%) e Recife (3,08%). As reduções ocorreram em seis capitais e variaram de -3,85% em Manaus e -0,83% em Belo Horizonte. Este período é de entressafra do arroz e a maior colheita será feita até o início de março, com impacto para o preço do bem em algumas cidades. Na comparação anual, o arroz ficou mais caro apenas em Goiânia (3,70%) e Rio de Janeiro (0,66%) e diminuiu nas demais cidades, com destaque para as retrações em Aracaju (-23,75%), Salvador (-17,95%) e Belém (-12,94%).

O tomate, no varejo, teve alta em 11 capitais, com destaque para as variações de Campo Grande (47,90%), Rio de Janeiro (24,90%) e Florianópolis (22,14%). As quedas variaram entre -17,05% (João Pessoa) e -3,09% (Brasília). Na comparação anual, houve diminuição do preço do tomate em todas as 18 capitais, com taxas entre – 43,46% (Porto Alegre) e -6,23% (Manaus). Apesar da entrada da safra de verão, os preços seguem pressionados no varejo em algumas cidades devido ao clima (chuvas no fim de ano) que diminuíram a colheita do final de 2013.

A carne bovina, produto de maior peso na composição do valor da cesta básica, ficou mais cara em 10 das 18 capitais pesquisadas. Os aumentos oscilaram entre 0,17% em Belo Horizonte e 2,25% em Florianópolis. Os preços recuaram em oito capitais: Brasília (-3,30%), Recife (-2,28%), Campo Grande (-1,49%), Goiânia (-1,41%), Vitória (-0,70%), Fortaleza
(-0,33%), Natal (-0,16%) e Salvador (-0,12%). As altas temperaturas e o aumento das exportações de carne diminuíram a oferta interna, resultando na elevação do valor do bem em algumas regiões. Na comparação anual, houve recuo apenas em duas localidades: Brasília (-1,18%) e Manaus (-0,36%). Por sua vez, a carne ficou mais cara em 16 regiões, destacando-se Rio de Janeiro (19,05%), Florianópolis (15,07%) e Curitiba (11,76%).

Em fevereiro, a batata ficou mais barata em oito das 10 capitais da região Centro-Sul, onde é pesquisada. Os aumentos do tubérculo ocorreram no Rio de Janeiro (10,66%) e Goiânia (0,46%). Os maiores recuos foram registrados em: Porto Alegre (-20,96%), Brasília (-9,38%) e Campo Grande (-8,56%). Na comparação com fevereiro de 2013, o produto diminuiu em todas as dez capitais com informação disponível. As maiores quedas foram encontradas em Brasília (-33,71%), Campo Grande (-33,00%) e Rio de Janeiro (-28,05%). A colheita nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina Paraná e Minas Gerais abasteceu o mercado com tubérculo, reduzindo o preço na maior parte das cidades.

A manteiga apresentou redução de preços em 12 cidades, com variações entre -4,12% (Manaus) e -0,06% (Belo Horizonte e Recife). O valor do bem ficou estável em Fortaleza e aumentou em Florianópolis (3,53%), Natal (3,30%), Curitiba e Brasília (ambos com 1,60%) e Aracaju (0,85%). A redução no preço está relacionada à queda verificada em seu principal insumo, o leite. Em 12 meses, houve diminuição em cinco cidades, com destaque para as variações de Campo Grande (-12,58%) e Vitória (-4,15%). Os aumentos foram detectados em 13 localidades e oscilaram entre 1,72% em Porto Alegre e 12,08% em Florianópolis.

Fonte: Ascom Dieese

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais