Com o início da paralisação dos professores agendado para a próxima segunda-feira, 9, todas as escolas da rede estadual deverão interromper as aulas por tempo indeterminado. Os alunos, que são afetados diretamente com a medida, são unânimes na hora de opinar sobre o assunto. Por um lado, os estudantes entendem que a greve é necessária para que a reivindicação dos professores seja atendida. De outro modo, eles reclamam do atraso na conclusão do período letivo. Mais sensível a situação dos profissionais de Educação está o aluno de 7ª série, Pedro Afonso de Melo. Para ele, a paralisação é necessária, “pois os professores têm o direito de receber o piso salarial”. O estudante reconhece que a interrupção pode prejudicar o ano letivo, mas ressalta que “a greve só ocorrerá porque o Governo não está obedecendo à lei”. Explicações De acordo com alguns estudantes, os professores têm conversado sobre a necessidade da paralisação como forma de reivindicar o piso salarial. “Os professores já explicaram o porquê da greve, mas ainda assim, eu não concordo com o movimento”, afirma o aluno Ezequiel da Silva, que estuda o 2º ano. Já o técnico em informática Lenivaldo Souza reclama da falta de diálogo com os pais. “Eu, como pai, ainda não tenho uma opinião formada sobre o assunto, porque nós não somos chamados para discutir o assunto e tomar ciência das reivindicações”, salienta. Para ele, uma comissão de professores deveria ser formada para negociar com o Governo do Estado e as aulas continuariam não seriam paralisadas. Carta aos pais O Sindicato dos Professores de Sergipe (Sintese) divulgou uma carta aos pais e mães dos estudantes das escolas estaduais, no último dia 3. O documento serviu para prestar esclarecimentos dos motivos da paralisação da categoria. Segundo a carta, a greve ocorrerá em decorrência do desrespeito do governador com o pagamento do piso salarial. No documento, os professores pedem que os pais entendam o momento pelo qual eles estão passando. “Estamos com salários baixos e o governador não quer cumprir a lei federal que melhorará os salários de todos os educadores do Brasil”, afirma a carta. Os professores ainda se comprometem a repor todas as aulas dos dias de paralisação. Por Valter Lima
“Mal começamos o ano escolar e as aulas já serão paralisadas”, reclama a estudante Rosana Mendes. Ela cursa o 1º ano do Ensino Médio no Colégio Dom Luciano, onde as aulas foram iniciadas no último dia 2, bem como a maioria das 401 escolas da rede estadual. Da mesma forma, o aluno Nivanildo Filho discorda da greve, pois segundo ele, “os alunos do Ensino Médio são prejudicados quando chega o vestibular, já que os conteúdos ficam atrasados”. Para Nivanildo e Rosana, a greve é injusta
Outra reclamação diz respeito à reposição das aulas após a greve. A redução das férias e o atraso no encerramento do período letivo são as principais reclamações. “As aulas já começam tarde e com a greve, temos que repor aulas aos sábados e durante as férias”, reclama o aluno Danilo Reis. “Porque eles não fazem a paralisação nos meses de janeiro e julho?”, ironiza a estudante Amanda Santos. Com a greve, cerca de 230 mil estudantes ficarão sem aula, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Educação. Estudantes reclamam da reposição das aulas durante as férias
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