7 de maio: Dia da Criança Soropositiva

Diagnóstico e tratamento precoce salvam vidas

O movimento social criou o Dia 7 de Maio – Dia da Criança Soropositiva, para lembrar a população, sobre a existência de crianças que nasceram com a infecção pelo HIV ou com as manifestações da Aids. É também um dia de reflexão sobre a importância do pré-natal, aproveitando também o período onde se comemora o DIA das Mães.

Atualmente, 1,8 milhão de crianças entre 0 e 14 anos vivem com HIV em todo o mundo, e 1,7 milhão destas crianças estão na África. Embora em vários países, incluindo o Brasil, houve um declínio de novas infecções por HIV entre crianças, ainda estão nascendo crianças soropositivas, principalmente porque o tratamento com medicamentos antirretrovirais(TARV) ainda não foi alcançado, na sua totalidade, pelas gestantes soropositivas. Esse é uma grande desafio para a saúde pública. Crianças nascidas de mães vivendo com HIV nem sempre estão sendo testadas. Segundo dados da UNAIDS, se as crianças que vivem com HIV não forem tratadas, cerca de 50% poderão morrer antes de atingirem o segundo aniversário. É importante que todas as crianças e adolescentes vivendo com HIV tenham acesso à terapia antirretroviral.

Principais ações para eliminar a transmissão do HIV para crianças

Segundo relatório do   Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), são três ações mais importantes para a prevenção da infecção pelo HIV em crianças: Em primeiro lugar, alcançar as mulheres grávidas com testes e tratamento o mais cedo possível – muitas crianças nasceram com o HIV porque suas mães não receberam nenhum tratamento para o HIV antes ou durante a gravidez ou amamentação. Em segundo lugar, assegurar a continuidade do tratamento e supressão viral durante a gravidez, amamentação e por toda a vida – muitas crianças adquiriram a infecção pelo HIV porque suas mães não continuaram os cuidados de saúde durante a gravidez e amamentação. Em terceiro lugar, prevenir novas infecções por HIV entre mulheres grávidas e amamentando – novas infecções entre crianças ocorrem devido ao fato de a mulher ter adquirido a infecção  pelo HIV durante a gravidez ou amamentação.

Acrescentamos ao relatório da UNAIDS e UNICEF, a importância de realizarmos ações inovadoras que procurem reduzir a vulnerabilidade de adolescentes e mulheres jovens, incluindo esforços intensificados de prevenção combinada, como profilaxia pré-exposição (PrEP), profilaxia pós-exposição (PEP), incentivo à testagem para o HIV, tratamento do HIV como prevenção, incentivo à prevenção através do uso do preservativo, acesso a cuidados reprodutivos integrais e atenção concentrada, principalmente,  em meninas adolescentes e mulheres jovens que vivem em situação de pobreza.

O SUS disponibiliza  todas as ferramentas necessárias para a redução da transmissão vertical do HIV. Apesar do grande progresso desde o início da epidemia, a resposta ao HIV ainda está falhando em relação às crianças.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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