Adolf Hitler

Raquel Anne Lima de Assis
Graduanda em História pela UFS
Integrante do Grupo de Estudo do Tempo Presente (GET/UFS/CNPq)
Bolsista PIBIC do projeto Memórias da Segunda Guerra em Sergipe apoiado pelo CNPq e pela FAPITEC – Edital PRONEM/2011
Email: raquel@getempo.org
Orientador: Prof. Dr. Dilton C. S. Maynard

Adolf Hitler era um austríaco que nasceu em 20 de abril de 1889, em uma região fronteiriça com a Alemanha. Este fato provavelmente o tenha influenciado na ideia de unir seu país à Alemanha em um único Reich. Sua origem é camponesa, seu pai, Alois Hitler, um pequeno funcionário alfandegário, desejou que seu filho seguisse os mesmos passos na profissão. Sua mãe se chamava Klara Hitler.

Mas, já desde pequeno, Adolf dera sinal de que aquele não seria seu futuro. Não queria seguir carreira como funcionário público, muito menos era bom nos estudos e tinha como sonho ser pintor. Tais vontades geraram alguns impasses entre ele e Alois Hitler. Depois da morte do pai, o rapaz mudou-se para Viena.

Na nova cidade as coisas não foram muito bem para Hitler. Não teve sucesso nas artes e não aceitava viver com um emprego regular, tornando-se um vagabundo, passando fome, um boêmio que possuía certa intimidade com os livros. Já na juventude era influenciado por ideias antissemitas e enxergava o marxismo e o judaísmo como ameaças. Finalmente encontrou um propósito na vida ao lutar pela Alemanha na Primeira Guerra Mundial (1914-1919).

Já vivendo na Alemanha, Hitler frustrou-se com a derrota militar do país que tanto amava. Acreditava na “lenda da punhalada pelas costas”, ou seja, que a Alemanha perdeu a guerra graças à traição dos políticos civis e não do exército. Depois da guerra Adolf seguiu carreira na política, descobrindo um novo objetivo e desenvolvendo a habilidade da oratória. Em 1919, ingressou no Partido dos Trabalhadores Alemães, mais por falta de opção que por certeza sobre a relevância da entidade. Depois disso, em 1920, o pequeno partido cresceu e tornou-se o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães ou Partido Nazista, com propósitos claramente racistas e nacionalistas.

No Partido Nazista, Hitler conseguiu se tornar líder. Fora do partido não angariou tanto apoio. Era minoria no Reichstag (Parlamento) e a grande maioria da população estava filiada ao Partido Comunista ou Social Democrata.

Como por meios legais não obteve tanta influência, houve a tentativa de um golpe, o “Putsch” da cervejaria na Baviera em 1923. O político e seus partidários tentaram aplicar um golpe para tomar o poder. Entretanto, falharam e o líder do Putsch foi preso. Na prisão Hitler escreveu sua autobiografia, Mein Kampf, que mais tarde se tornaria a “bíblia” do Terceiro Reich. Porém, é problemático observar a obra como um plano para suas ações futuras, sendo mais uma “estrutura”. Isso porque o líder nazista preocupou-se com suas ações diante do público e as atrocidades cometidas muitas das vezes eram para atender ao desejo do Führer.

Foi nessa época, em 1928, que ele apaixonou-se por sua sobrinha chamada Geli Raubal. Os dois namoraram e provavelmente se casariam. Contudo, a relação deles era conturbada, marcada por crises de ciúmes de ambas às partes. Adolf era obsessivo e a queria apenas para si, proibindo-a até mesmo de continuar com suas aulas de canto. Há boatos que a moça reprovava as tendências masoquistas de seu amante. O final da relação foi marcado pelo suicídio de Geli, por esta não aguentar viver como posse do namorado. Depois deste caso, no início dos anos 1930, Hitler veio a se relacionar com Eva Braun. Se casou com ela somente em 1945.

Adolf Hitler chegou ao poder como chanceler do Reich, em 1933, com o apoio de conservadores que queriam o fim da República. Marcou sua subida ao topo com alianças, principalmente com o empresariado que o financiou e também através de reacionários (grupos que o partido tanto condenou), ilusões, encantamentos, trapaças, repressões através da S.A (Sturmabteilung, Tropa de Assalto ou Camisas Pardas, uma força de proteção ao partido) e S.S. (Schutzstaffel, os Camisas Pretas, os quais formavam a guarda pessoal do líder nazista), conspirações, traições e tentativa de golpe. Esses que o apoiaram acreditavam que tinha o poder de controlá-lo. Mas enganaram-se e o próprio Hitler se encarregou de eliminá-los da política alemã.

Não tardou para o chanceler se tornar Führer da Alemanha, ou seja, o poder supremo do país em 1934. Como o presidente Hindenburg estava preste a falecer, o líder nazista fez um acordo com o exército. Eles apoiariam o chanceler impedindo que houvesse eleições presidenciais, consequentemente ele tomaria o poder, em troca acabaria com as amarras do Tratado de Versalhes, que limitava a força do exército, e reprimiria a S.A. a qual no momento fazia frente às Forças Armadas para se tornar a força oficial do país. Acordo feito, acordo cumprido.

Assim, Adolf Hitler, um artista frustrado e fracassado, se tornaria Führer da Alemanha até sua morte em 1945.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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