O parceiro sexual da gestante precisa fazer os exames

Aproveitando a semana de comemorações do Dia dos Pais, fazemos um alerta: continuam nascendo crianças com sífilis congênita e até com o HIV. A Sífilis Congênita é consequência da disseminação do Treponema pallidum pela corrente sanguínea, transmitido pela gestante para o seu bebê. A infecção pode ocorrer em qualquer fase da gravidez, e o risco é maior para as mulheres com sífilis primária ou secundária. É importante lembrar que, quando um bebê apresenta infecção pela sífilis, pode morrer antes de nascer ou pós parto ou nascer com vida mas apresentando sequelas diversas e até incluem abortamento, natimortalidade e o nascimento prematuro.

Já com relação ao HIV, as crianças podem nascer com o vírus que foi transmitido pela mãe vivendo com HIV e grávida, durante a gestação, parto ou aleitamento, indicando que houve falha no pré-natal. A criança vivendo com HIV às vezes apresenta manifestações clínicas da infecção e vai sempre ter que tomar medicamentos antirretrovirais para o resto da vida e ainda poderá ter que encarar várias situações de preconceito, tanto na própria família, na creche ou escola e até na sociedade.

Uma das falhas, tanto em relação à sífilis como ao HIV, é a não realização dos exames e tratamento do parceiro sexual da gestante. Para melhorar o pré-natal e evitar que mais crianças nasçam infectadas com a bactéria da sífilis, denominada Treponema pallidum ou com o HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana, é importante que o parceiro sexual da gestante participe do pré-natal, realizando os testes rápidos e tratamento disponíveis no Sistema Único de Saúde.

Para que haja essa participação masculina neste momento tão importante da vida da mulher, há a necessidade de: a) as gestantes sejam orientadas para que incentivem os seus respectivos parceiros sexuais para que façam os exames recomendados pelos profissionais de saúde; b) que os próprios profissionais dos serviços de saúde desenvolvam ações educativas durante o atendimento às gestantes e parceiros sexuais, procurando mostrar a influencia exercida pelo homem na saúde do bebê vai nascer; c) que as empresas durante os exames admissionais e periódicos, incentivem a realização dos testes rápidos; d) que os agentes comunitários de saúde divulguem também a importância dos homens fazerem os testes rápidos e iniciarem o tratamento o mais rápido possível.

É importante que o parceiro sexual da gestante faça os testes rápidos de sífilis, Hepatites Virais B e C e HIV, pelo menos 2 ou 3 vezes durante o pré-natal e procure usar o preservativo nas relações sexuais durante a gravidez de sua companheira e até quando a mesma estiver amamentando.

Pai herói é aquele que participa ativamente do pré-natal e tem a consciência de que a sua saúde vai influenciar da saúde do bebê que ainda vai nascer.

Nós profissionais de saúde precisamos incentivar o pré-natal do homem. Assim estaremos contribuindo para o nascimento de crianças saudáveis.

Os bebês vão agradecer muito!