Diálogo e freio de arrumação

 

 

   O homem sertanejo conhece bem o que significa o chamado “freio de arrumação”. A expressão é usada muito por este sertão afora e sua origem remete aos paus-de-arara, onde o freio repentino e brusco serve para ajustar, ou melhor, organizar tudo que está dentro dele, mesmo com atropelos. Ou seja, gente no lugar de gente, sacos no lugar dos sacos, bicho no lugar de bicho e tudo mais. Ou seja, o freio de arrumação serve para arrumar tudo que está solto de maneira rápida e bruscamente.

 

   A expressão hoje é usada também na política, quando uma liderança ou um administrador sente que seus liderados ou a pasta que comanda está desorganizada e sem um ponto de referência. Todo mundo para todos os lados, no salve-se quem puder. Aí é que entra o freio de arrumação. Na política, ao contrário do pau-de-arara, o efeito é muitas vezes devastador. Enquanto que no pau-de-arara o ajuste não deixa marcas, na política as cicatrizes são profundas e muitas vezes marcam episódios importantes da história de um lugar.

 

  Para as eleições municipais deste ano, a coordenação política dos partidos da base governamental vem buscando resolver os problemas em todos os municípios. Em várias cidades soluções foram encontradas, deixando os aliados satisfeitos, sempre que o objetivo maior era o projeto de governo, deixando em segundo e até terceiro plano os projetos pessoais. Mesmo com arranhões aqui e acolá, as conversas estavam sendo bem sucedidas.

 

Porém, desde o início da semana que este blog vem recebendo e-mails com informações de problemas em vários municípios. Foi buscando aqui e ali, para checar alguns comentários. Descobriu que em vários deles, onde o diálogo tinha prevalecido, que o rompimento ocorreu por conta de interesses particulares. O maior exemplo é Tobias Barreto, onde Dílson de Agripino estava fechado como candidato do grupo, inclusive com o apoio de Fabinho. Mas comandante do partido, Edvan Amorim, tentou fechar com o candidato da oposição, o ex-prefeito Diógenes Almeida. Em Umbaúba, onde todos da coligação estavam com o professor Anderson do PT, o empresário tentou bater o pé. Sem falar em Japaratuba, onde os aliados estão fechados com Hélio Sobral, e tentaram tirar o apoio do partido através de Heleno Silva. Detalhe nos dois primeiros municípios os candidatos são do PT, partido do governador e no terceiro se trata a sucessão de um prefeito do PT. Ou seja, a idéia é pressionar e peitar para ver se Déda cede. Não é a toa que a notícia do adiamento de uma reunião que ia bater o martelo sobre a política de Lagarto provocou uma verdadeira tempestade. Será efeito do freio de arrumação? 

 

Como líder maior da coligação passou o momento de Marcelo Déda puxar o freio. É a hora de saber como será o comportamento dessas lideranças que querem o conforto de estar na aliança. Déda tem que chamar cada um e perguntar: Está comigo ou não? O projeto é um só, ou é individual? Freio de arrumação deixa seqüelas, mas é preciso ser nordestino e muito macho para tomar essa decisão. Antes que seja tarde demais …

 

Problema em Itaporanga

Um deputado do partido de Amorim, que não deixa a base governista, disse que o problema maior do empresário é por conta do município de Itaporanga D Ajuda onde desejava ter o apoio de todos os aliados e do PT de Déda, mas com a Operação Navalha e o rombo na Deso fica difícil um apoio a candidatura de Victor Mandarino.

 

 

Umbaúba: temos que derrotar o candidato do PT

Na última quinta-feira, 22, à noite o deputado Eduardo Amorim participou de uma reunião na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Umbaúba com algumas lideranças políticas para montar uma chapa contra o candidato do PT, professor Anderson. Amorim quer lançar um latifundiário oriundo de Tocantins, de nome Jorge Henrique e que o apoio também do ex-prefeito Benedito Barreto. Na reunião Amorim disse: “temos que derrotar o candidato do PT”.  Ele fez muitas criticas ao prefeito de Umbaúba, José de Francisquinho que tem como vice, um membro do PSC que apoiou Déda em 2006. O PSC em Umbaúba rachou.

 

Saia justa na reunião

Ainda na reunião em Umbaúba, foram chamados para participar, vários agentes de saúde através do presidente da Força Sindical em Sergipe, de nome Roberto. Foi prometido “mundos e fundos” e em um momento Amorim disse que a categoria precisa de um candidato a vereador. Foi quando ele teve a surpresa que a categoria já tem um candidato que é dirigente do PT em Umbaúba. Obs: o blog vai receber uma gravação com toda reunião.

 

Correspondências atrasadas

Até quando o MP ficará inerte com relação às correspondências que chegam atrasadas em todo o Estado, principalmente as faturas. As reclamações são diárias e ninguém toma providencia nenhuma. O número de carteiros em Sergipe é insuficiente.

 

Um carteiro apenas na Barra dos Coqueiros

Um exemplo. A Barra dos Coqueiros, um dos municípios cuja população cresceu muito nos últimos anos sabe quantos carteiros têm? Apenas um que trabalha há 11 anos. A descoberta foi feita por um morador da Atalaia Nova que recebeu uma carta no último dia 21, que foi postada em Aracaju, no dia 12. Era um convite para um evento que já tinha passado.

 

Batalhão de choque: exemplo na PM

Este espaço que tanto critica a segurança pública parabeniza o trabalho que vem sendo realizado pelo Batalhão de Choque. Em pouco tempo os policiais do Batalhão “estouraram” diversas boca de fumo em Aracaju e na região metropolitana. Um trabalho digno de elogios.

 

Ribeirópolis: nua e crua

Na segunda-feira este espaço manifestará sua opinião sobre o episódio envolvendo a prefeita Uita Barreto em Ribeirópolis.

 

Jefferson Peres: referência que ninguém seguia

A morte ontem, 23, do senador Jefferson Péres (PDT-AM), vítima de um infarto agudo mostrou o lado hipócrita de vários políticos. Muitos deles lembraram que Jefferson tinha uma conduta exemplar e era uma referência ética. É, mas todos eles não seguiam essa referência ética e deixam em primeiro lugar o fisiologismo e a politicagem. Jefferson vai embora como um dos raros exemplos que a política, quando sequer, não mancha o nome de um homem e não muda suas idéias.

 

Sedetec coordena eventos no interior

Os empresários de micro e pequenos empreendimentos do interior sergipano, inseridos no projeto de Arranjos Produtivos Locais (APLs) terão a oportunidade de conhecer as linhas de crédito disponíveis para o incremento de suas atividades. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) juntamente com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizam nos municípios de Nossa Senhora da Glória e Itabaianinha, entre os dias 26 e 28 de maio, o evento “O Financiamento Mais Perto de Você”, voltado para empresas inseridas nos APLs da região. Também participam da ação o Banese, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco e o Banco do Nordeste. Já nos próximos dias 29 e 30 de maio, será realizado um Treinamento em Comércio Exterior para Empresas de Pequeno Porte no município de Estância. As atividades no interior do Estado se iniciam nesta segunda e terça-feira, dias 26 e 27, no auditório da AABB, em Nossa Senhora da Glória, a partir das 8 horas e envolve os APLs de Ovinocaprinocultura, Apicultura e Pecuária do Leite.

 

 

 Semear – 6 anos de atuação

A Sociedade Semear, através da diretoria de Meio Ambiente, estará realizando o “Seminário Semear Ambiental”, no dia 03 de junho, no auditório da instituição, com o objetivo de apresentar as ações e projetos desenvolvidos pela Sociedade Semear e seus parceiros na área de meio ambiente e sustentabilidade nos seis anos de atuação. O evento faz parte da programação em comemoração a Semana de Meio Ambiente. A abertura acontece às 08 horas da manhã, com palestra de proferida pelo diretor presidente da Semear, Carlos Roberto Britto Aragão. Também será lançado, durante o seminário, o livro “Estação Planeta: Uma abordagem psicológica na ecologia”, escrito por Geraldo Soares, Helvécio Aguiar e David Thiesse. O Seminário conta com a parceria da Petrobras, Universidade Federal de Sergipe (Departamento de Engenharia Agronômica), Ministério Público (Comarca de Lagarto), Secretaria de Planejamento de Aracaju, Wine Comunicação e Consultoria e Ambitech Consultoria e Engenharia Ambiental.

 

LBV contrata educadores sociais

A Legião da Boa Vontade (LBV) abriu seleção para a contratação de um educador social. As inscrições estarão abertas até junho e a previsão de início das atividades é para o início do 2º. semestre. O profissional selecionado irá atuar no programa LBV Criança futuro no presente!, que atende crianças de 7 a 11 anos no contraturno escolar e será contratado para trabalhar nos períodos manhã e tarde. É importante que o educador tenha experiência com trabalhos manuais, pois o programa tem foco na criatividade e o desenvolvimento através de oficinas de arte, desenhos e confecção de artesanato produzido com materiais reciclados. Para participar da seleção, os candidatos devem comparecer à sede da LBV, localizada na Av. Juscelino Kubitschek, nº. 832, Bairro Santo Antônio com o currículo em mãos. Mais informações podem ser adquiridas com Vânia Bandeira, coordenadora do Centro Comunitário e Educacional da LBV, através do telefone (79) 3215-3790.

 

 

Informações sobre mesa setorial do governo I

De um leitor e servidor público: “Gostaria que se possível, você me desse alguma informação a respeito desta bendita Mesa Setorial criada pelo Governo Déda para beneficiar alguns servidores em detrimentos de outros senão vejamos: 01 – Os servidores do DER/SE têm na Associação dos Servidores do DER/SE – ASDERSE, como o seu representante legítimo. Em momento algum foi chamado um dos seus diretores para participar da mesa, e, olha que nós temos uma gratificação rodoviária que já está congelada há muitos anos, necessitando sair do freezer. 02 – O DER/SE é um dos órgãos mais importantes do Estado de Sergipe, pois graças ao suor dos seus servidores é que são abertos os caminhos para o progresso do nosso estado.

03 – Recentemente fiz alguns questionamentos a Ouvidoria Geral do Estado pensando que o e-mail iria chegar até o nosso governador a respeito dos absurdos que acontecem no DER/SE, tais como: Servidores que recebem 75% de Adicional de Permanência, enquanto outros recebem 100 e 150%. Questionei o porquê da não participação dos servidores do DER/SE ou ASDERSE na mesa de negociação. 03 – Para minha surpresa o Senhor ouvidor mandou que eu elaborasse um documento contendo as reivindicações e encaminhasse ao Diretor do DER/SE ou Secretário de Infra-Estrutura, como quem estes dois estão preocupados com o bem estar social e financeiro e irão ler o meu documento. 04 – Será que vamos ter que parar as obras executadas pelo DER/SE no sentido de chamar a atenção do Governador para as nossas reivindicações?”

 

Informações sobre mesa setorial do governo II

Continua o leitor e servidor: “05 – Porque privilegiar 04 ou 05 categorias de servidores em detrimento de 15 ou 20 somente porque estas 04 ou 05 irão realizar uma greve? E o respeito aos demais? 06 – Será que a Secretaria de Estado da Educação tem no seu quadro funcional somente professores? E os que trabalham na parte operacional não merecem respeito, bem como os que trabalham na Secretaria de Estado da Segurança, Secretaria da Fazenda? 07 – Porque o Coordenador Geral do SINTRASE não vem a público esclarecer o que o mesmo tem feito pelas outras categorias de servidores? 08 – Porque não vem a público esclarecer o que o SINTRASE na sua pessoa como representante na Mesa conseguiu para CEHOP que faz parte também da Secretaria de Infra-Estrutura e não conseguiu para o DER. 09 – É necessário Claudio que as pessoas que foram eleitas para defender a classe dos servidores públicos em geral e não alguns bem aquinhoados, prestem esclarecimentos a respeito desta Mesa de Negociação. 10 – Espero que em nome de uma classe de servidores que se sentem desprestigiadas nesta Mesa, você possa nos ajudar com as devidas informações. Obs: Fui informado que o prazo final do Concurso do SAMU termina neste final do mês e o que o Senhor Rogério Carvalho não pretende prorrogar, ao contrário, pretende fazer outro concurso no âmbito da Fundação da Saúde e que envolveria o SAMU Estadual.  Cadê os nossos deputados que até agora não se manifestaram em favor da prorrogação do concurso?”

 

São Cristovão: ontem e hoje I

Do leitor e morador de São Cristovão Eduardo Pimentel, com a revisão do jornalista Abrahão Crispim Filho. “Fundada no alvorecer do ano de 1590 às margens do rio Poxim por Cristóvão de Barros, a jovem cidade leva o nome do seu fundador e do santo padroeiro dos motoristas, tornando-se o berço da civilização sergipana, mais ainda sofre com as tramas e idéias arcaicas de seus administradores, ávidos de poder e sem nenhum escrúpulo, principalmente quando elege pessoas que não são seus filhos, apenas se estabelecem em seu solo para usá-la como trampolim para suas conquistas pessoais, não se importando com o mal que causa a mesma. Fazendo uma retrospectiva da nossa história verifica-se os seguintes fatos: o então Presidente da Província de Sergipe Del Rey, o senhor Inácio Joaquim Barbosa, fez a mudança da capital de são Cristóvão para Aracaju, em 17 de março de 1855, sob pretexto de que seria mais fácil para escoar os produtos e construir um porto”.

 

São Cristovão: ontem e hoje II

Continua o morador: “Ora, senhores leitores, Aracaju ficava às margens do rio Sergipe, só navegável por pequenas embarcações, enquanto São Cristóvão naquela época, possuía toda a costa marítima, ou seja, da foz do rio Vaza Barris (a Coroa do Meio,  Praia de Atalaia, Aruana, Mosqueiro, Robalo, São José, Areia Branca, dentre outros), pertenciam ao município de São Cristóvão. O pior é que 150 anos depois é construindo o porto de Sergipe no município de Santo Amaro das Brotas. O saudoso João Bebe Água, até hoje não compreendido por todos, tinha razão em não aceitar a transferência da capital. Em 1954, o então prefeito e médico Lourival Batista concorda em ceder parte do território de São Cristóvão, passando Aracaju a possuir a costa marítima, (Coroa do Meio, Atalaia e Aruana). Contam os mais velhos que esta área de terra foi permutada por um gerador de energia, para que o prefeito pudesse colocar energia a motor na cidade e com isso o senhor Lourival Batista se elegeu na eleição seguinte, deputado estadual com o apoio maciço da população da velha São Cristóvão. Nos dias atuais a história se repete e no ano de 1999, na administração do prefeito Armando Batalha, os limites da velha capital novamente são alterados, cedendo o resto da costa marítima para Aracaju, sobre o pretexto de que não tem recursos para dar manutenção a estas localidades,nem para fazer obras de grandes vultos, ou seja, obras de infra-estrutura”.

 

São Cristovão: ontem e hoje III

Finaliza o morador: “É necessário que surja não só um João Bebe Água, mas vários que não aceitem novamente essa cessão de outra parte importa do território de São Cristóvão, sem falar que, segundo os repórteres de rua, esta área foi trocada por diversas carradas de asfalto. Assim sendo, a história se repete. O ex-prefeito Armando Batalha se elege deputado estadual, com apoio maciço do município de São Cristóvão e a Velha Capital perde o restante de sua costa marítima (Mosqueiro, Robalo, São José, Areia Branca, dentre outros), além da recente comunidade do Bairro Santa Maria. Ora cidadãos sergipanos, com esses novos limites, São Cristovão também perde em torno de 45% (quarenta e cinco por cento) de sua população, conseqüentemente deixa de arrecadar tributos e receber transferência de receitas do governo federal, por conta dessas perdas, provocado por uma diminuição imensurável de recursos oriundo de royalties, FPM, ICMS, IPTU, ISS, IPVA etc., que segundo técnicos, pode se chegar a uma soma em torno de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) mensais, além de ficar sem a  belíssima costa marítima. É sabido que as obras de infra estrutura realizadas em todos os municípios do Estado, inclusive na capital, são feitas com recursos estaduais e principalmente federais, fato que dificulta a sua realização na antiga capital, simplesmente pela falta de recursos, provocado pela perda territorial do município de São Cristóvão.” 

 

 

 

Sobre cotas nas universidades I

De um leitor: “O texto abaixo segue livremente pela Internet daí, acho que não tem problema em ser publicado. Realmente nesta questão de cotas o negro é taxado como um cidadão “mentalmente inferior” e estranhamente, (por estarem em tese, se beneficiando disso) ficam calados aceitando candidamente essa qualificação pejorativa e preconceituosa que classifica a inteligência pela cor da pele. Já que a lei vai “pegar” estou sugerindo novas cotas como: cotas para governadores, cotas para vereadores, senadores, presidente, (sugiro um revezamento) deputados estaduais e federais, juízes, advogados, engenheiros, jornalistas, traficantes, prostitutas, etc. Ninguém fala em melhorar a educação, ou pelos menos, voltar ao que era antes. Só para lembrar, estudei e formei em escola e universidades públicas, assim como dezenas de políticos atuais do nosso estado que foram meus contemporâneos no Atheneu. Quantos da escola pública, hoje, preto ou branco, entra em cursos como direito, medicina, engenharia e outros mais concorridos. Até quando vamos criar soluções esdrúxulas para problemas crônicos.  Gazeta Mercantil – 6/2/2008  – “Discriminação imposta pela lei e autoridades” (Ives Gandra Martins)* – Reza o inciso IV do artigo 3º da Constituição Federal que:  “Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil”:  … IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de  discriminação”. Hoje, tenho eu a impressão de que o “cidadão comum e branco” é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afro-descendentes, homossexuais ou se auto-declarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos. Assim é que, se um branco, um índio ou um afro-descendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles”.

 

Sobre cotas nas universidades II

Continua o texto de Ives Gandra na Gazeta Mercantil: “Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior. Os índios, que pela Constituição (artigo 231) só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros – não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também – passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 183 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele. Nesta exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não índios foram discriminados. Aos “quilombolas”, que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afro-descendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (artigo 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito. Os homossexuais obtiveram, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra Dilma Roussef, o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências, algo que um cidadão comum jamais conseguiria. Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem este “privilégio”, porque cumpre a lei. Desertores e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de R$ 4 bilhões o que é retirado dos pagadores de tributos para “ressarcir” àqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos. E são tantas as discriminações, que é de se perguntar: de que vale o inciso IV do artigo 3º da Lei Suprema? Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios”. *Ives Gandra da Silva Martins – Professor emérito das Universidades Mackenzie, UNIFMU, UNIFIEO, UNIP, do CIEE/O Estado de São Paulo e das Escolas de Comando e Estado Maior do EXÉRCITO-ECEME e Superior de Guerra-ESG, presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio e do Centro de Extensão Universitária (CEU).

 

 

Frase do Dia

Para descontrair no final de semana, do médico Dráuzio Varella: “No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e   silicone para mulheres do que na cura do Mal de Alzheimer. Daqui a alguns anos haverá velhas de seios grandes e velhos de pinto duro, mas eles não se lembrarão para que serve”.

 

 

 

 

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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