Sim, você não é todo mundo!

Palavrinhas mágicas de mãe que a gente custa a entender, mas quando chega a maioridade, a gente se dá conta de todo o contexto envolvido. O segundo domingo de maio é todo delas, portanto, nada mais justo e simbólico do que garantir todo o respeito, honra e glória às mamães de particularidades singelas e generalidades grandiosas. Afinal, quem nunca já reverberou aos quatro cantos: ‘minha mãe é igualzinha’; ‘mãe é tudo igual’?!

Sim, são mesmo. Elas sempre vão pedir ajuda com o aparelho celular no momento em que você está vendo a série preferida. Assim como abrirão mão de qualquer coisa para garantir um ‘sorrisão’ maroto do filho; e não pouparão ‘gogó’ ao fazer ecoar aos quatro cantos que a gente, enquanto filho, só vai dar valor quando ela sumir no mundo. Ai, ai, ai…

Na minha vivência de filha, antes mesmo de enveredar pelo Direito, já tinha conhecimento sobre direitos reais em virtude da fala constante de mamãe pós-separação: ‘é para usos e frutos (sic!) dos meus filhos’. Na faculdade, o termo jurídico me soou tão familiar. E assim, a gente vai colecionado aprendizados maternais… E, mesmo negando que não repetirá a mãe, a ‘filha-mãe’ cai na armadilha…

É assim que vejo amigas e coleguinhas varando a madrugada para ir buscar o filho na festinha de 15 anos; superando o medo de altura em rodas gigantes pelo mundo; comprando – na volta, claro! – o mais novo lançamento do Xbox após um pequeno esperneio; indo ao show de ‘Matuê’ sem saber uma música do artista, mas cravando os olhos de águia na cria; dizendo ‘mais nunca’, porém garantindo o limite do cartão para comprar uma nova ‘brusinha’ para a pequena; e jamais deixando alguém ousar dizer que o filho é feio, mimado ou problemático… Não, nunca são! (para outros, pois elas reconhecem o estrago e se acham no direito de somente elas falarem isso!). E tá tudo certo!

No meu lugar de filha, sem pretensão futura de desempenhar o papel de mãe, só posso expressar a admiração pela coragem e ‘brabeza’ de ser mãe; de cuidar de um coração fora do corpo; de ficar de olhos esbugalhados ao lado do berço para ouvir a respiração do baby. Tornar-se mãe, ao meu olhar de filha, é um negócio de despertar as mais irreais sensações, ações, reações e sentimentos. E sim, não é para todo mundo!

‘Mamis’ todas lindas, feliz dia!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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