HUGO BOSS NÃO, HUGO CHAVES

Cartas do Apolônio

Lisboa, 22 de julho de 2005

Caros amigos de Sergipe: Quem esteve essa semana por aqui foi Hugo Chaves, o presidente da Venezuela. Veio em missão extra oficial, fornicar com uma jovem alfacinha que trabalha no site erótico ‘O Mangalhão do Manuel’. Dizem que sua rápida passagem por Lisboa foi uma trapalhada só, camisinhas furadas, porres homéricos, uma loucura. Mas, esse é outro papo que não vem ao caso agora.

O fato é que a presença da nova estrela oficial da América Latina em terras portuguesas me deu uma idéia que gostaria de submeter aos senhores (submeter no bom sentido, evidentemente). É que com esse verdadeiro vendaval de verduras na cueca, malas pretas, mensalinhos e mensalões que cairam sobre o PT e seus aliados aí no Brasil, a imagem do País por aqui vai de mal a pior.

Não é à toa que os barbudinhos estão com as barbinhas de molho. Como os senhores sabem, a direita brasileira não conseguiu operar o tal milagre nos tempos da ditadura militar. Cansado de direitistas no poder, o povo acreditou no homem dos nove dedinhos. Uma decepção.

Aliás, a turma do Lula anda completamente atolada na lama com o Land Rover da GDK e tudo. Soube inclusive que até o Delfim Neto agora é endeusado pelo partido da rubra estrela, pasmem os senhores! Aonde vamos chegar? Eis o que vos pergunto. Bem, mas a idéia que tive é simples e não requer prática nem habilidade. Seria uma espécie de franchising presidencial com a marca Hugo Chaves, assim como a Hugo Boss por exemplo.

Afinal, se ele já governa a Venezuela, que é bem pertinho, por que cargas d’água não pode governar também o Brasil? Lula não precisaria se afastar oficialmente. Apenas continuaria tomando a cachacinha dele e sendo uma espécie de Rainha da Inglaterra, nas solenidades oficiais. Chaves é quem pegaria no pesado. Não há como dar errado. Ao invés de pedir pra sair ou terminar o mandato sabe-se lá Deus como, Luiz Ináfio disponibilizaria o ‘Aero-Lula’ para o velho Hugo ficar na ponte Brasília-Caracas. E, claro, lhe pagaria um mensalão ‘contabilizado’, como diria o Delúbio.

É verdade que o risco dos Estados Unidos querer patrocinar outro golpe de estado, aparentemente aumenta um pouco. Mas, como já se deram mal na primeira tentativa, com certeza iriam pensar duas vezes antes de tentar mexer com o velho Hugo outra vez. Tá certo que o Chaves também não é lá flor que se cheire, mas pelo menos não é de fugir da raia, nem de ficar chorando na frente das câmeras como os barbudinhos quando apanhados com a boca na butija. Era só mandar uma lei aí para o Congresso (com as devidas malas), instituindo o AGITO – ‘Acordo de Gestão Internacional Temporária e Operante’, afinal um agito a mais ou a menos não iria fazer mesmo muita diferença em Brasília.

Será que o venezuelano topa? Em todo caso, fica a sugestão. Mandem e-mails, façam abaixo assinados, vistam-se de preto, ‘não me deixem só, minha gente!. O tempo é o senhor da razão’. Até semana que vem.

Um abraço do Apolônio Lisboa.

paulolobo@infonet.com.br

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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