Surpreendentemente sóbrio para uma noite enluarada de domingo, o presidente Luiz Ignácio Lula da Silva, a meu ver, deu o melhor de si no debate promovido pela Band no último fim de semana. Lula deu um verdadeiro show para os telespectadores. Mentiu, enganou, bravateou, enfim, fez aquilo que sabe fazer de melhor.

Desinformado, como sempre, o candidato do PT à reeleição levou a platéia à loucura com as suas famosas frases de efeito e exemplos estapafúrdios. A comparação entre a compra do primeiro fusquinha pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, em São Paulo, e o Aerolula – a possante máquina voadora de US$ 56,7 milhões adquirida recentemente pela presidência da República – foi apenas um dos argumentos hilariantes, apresentados pelo nosso presidente durante o debate, e que deu o tom de sua brilhante participação.

Não que o governo brasileiro não possa ter o seu “Air Force 1”. Esse não é o problema. Sou até favorável à compra de um substituto para o “sucatão”. Mas argumentar que o fusquinha do ABC paulista fora tão polêmico, à época, quanto o avião da presidência, aí já é um tanto quanto demais para nossos ouvidos.

Quem assistiu a esse primeiro debate na TV, diante de tantas ignomínias apresentadas por Lula, teve a mais absoluta certeza de que ele realmente não sabia – e não sabe – de nada sobre o que vem acontecendo, debaixo de seu nariz, no terceiro andar do Palácio do Planalto. É humanamente impossível imaginar que alguém com aquela “cabecinha” fosse capaz de engendrar planos tão maquiavélicos contra os interesses da nação.

Tal qual o Aerolula, o nosso presidente mostrou-se um verdadeiro “voador” em relação a tudo. E não me venham dizer que o Lula sabia das traquinagens do Zé Dirceu, do Palocci, do Gushiken, do Genoino, do Delúbio, enfim, de todos os seus amigos de mais de 30 anos. Não dá para acreditar depois do show do último domingo.

E o Geraldo, hein, que exagero! Querer que o nosso etílico presidente, num debate a seco, soubesse que o churrasqueiro estava metendo a mão na carne.