Martírio: trânsito em Aracaju

    O trânsito de Aracaju é considerado por um bom número de condutores como sendo o mais emperrado do planeta, para isso eles apontam duas principais causas. A primeira é por conta de motoristas distraídos que insistem em conduzir os veículos em velocidade mínima no lado esquerdo da via. Lado este que deveria ser liberado para os veículos que trafegam em velocidade normal fazendo o trânsito fluir com maior desempenho. A segunda é o número excessivo de semáforos distribuídos em cada esquina, impedindo que os condutores possam conviver naturalmente com as preferências de passagem, não sendo obrigados a aguardar pela abertura do semáforo por um bom tempo, sob um forte calor, mesmo quando não há veículo algum nos demais  sentidos do cruzamento.

   Além de toda essa falta de planejamento adequado por parte de alguém que realmente entenda de engenharia de trânsito, aliado com o conhecimento prático dos fluxos locais, o condutor que transita por Aracaju ainda tem que conviver com o estabelecimento de limites de velocidade incompatíveis, que aparentemente objetivam apenas beneficiar a empresa que sobrevive da arrecadação de altas somas financeiras, obtidas em forma de lucro e retiradas do suor diário de indefesos condutores que utilizam o veículo como meio de transporte para manter a sobrevivência da família.

Como se não bastasse essa política insensivelmente adotada, o novo superintendente da SMTT brinda a sociedade aracajuana com mais um presente de grego. Segundo matéria publicada na imprensa local, a SMMT vai instalar equipamentos de controle de velocidade acoplados aos semáforos, medida que dificilmente reduzirá o número de acidentes, mas que com certeza aumentará em muito o faturamento das empresas que implantam os referidos equipamentos. É hora da sociedade começar a discutir com seriedade os processos extorsivos que são implantados em nome de uma proteção à vida, e que  acabam livrando o cidadão de um acidente automobilístico e matando- o de ódio e desespero por ser assaltado oficialmente no seu dia-a-dia, sem ter a quem apelar.

  Se esse sistema for permitido pela administração municipal, é preciso que o Ministério Público exija que a velocidade determinada para uma via seja a mesma do início ao fim, não permitindo que a mesma seja alternada a cada 500 metros. Sem contar que quando implantam não observam a possibilidade de desligar após às 20 horas, obrigando que o cidadão tenha que parar num cruzamento deserto por volta das 23 horas, num momento em que a violência ganha corpo não respeitando sequer a própria polícia.

 

 

Plano emergencial fica para a próxima semana

O plano emergencial cobrado pelo governador a cúpula da SSP, para 15 dias chega a terceira semana (ou quarta?), e nada. Ontem a coluna foi informada que o secretário Kércio Pinto, pediu a extensão do prazo para a próxima semana. Como tem um feriadão a partir da quinta-feira é torcer que até quarta-feira o plano vire realidade.

 

 

Critica de um professor a nota da coluna

Critica de um professor a coluna: “O que é isso companheiro? digo eu, quem não ajunta espalha. então, antes de falácias, é de bom tom entender que o sindicato somos nós, precisamos construí-lo e não tecer críticas que venham, por motivos que a só a vc pertence, destruir o que levou anos a ser erguido: A Luta Sindical. Se saímos vitoriosos ou não, não importa, o que interessa é que lutamos; se há interesse político ou não, não interessa, pois sou mais votar em professor do que em filho de Construtor e dono de TV”.

 

 

Professor petista critica métodos usados

De um professor petista e liderança do Sintese: “Sabemos que o movimento sindical deve permanecer alerta e em luta no Governo Déda ou em outro qualquer. Isso não está em discussão. Porem, o Sintese (petista) tem usado forca desproporcional neste momento conjuntural com o Governo. Apesar da mobilização das ultimas semanas na base do sindicato não há consenso quanto aos métodos e propostas da categoria neste momento. A direção sabe disso, não são tolos ou míopes. O que está em jogo não é a Gestão Democrática ou os 31% de aumento (apesar de obviamente todos quererem isso), está “mobilização” visa manter a base em prontidão para as eleições do Sintese agora em Junho. Joel é candidato a reeleição e a vereador em 2008. Veja o edital da  eleição no site do sindicato. Como vemos os ensinamentos do velho Marx sobre uso das “massas” ainda não perdeu a validade”.

 

Conexão com o leitor: esclarecimentos

Tem vários e-mails de leitores para serem publicados. Todos serão. É que o volume aumentou muito nos últimos dias e a coluna não pode se estender muito para não se tornar cansativa. Aliás, sobre esta interação com o leitor, um jornalista da velha guarda alertou ontem que este colunista, sem querer, tornou-se mero coadjuvante deste espaço, tamanho é a democracia com criticas de todos os lados.

 

 

Cacho: entrevista inoportuna I

Em entrevista concedida recentemente, o advogado criminalista Emanoel Cacho denunciou as condições desumanas em que estão as cerca de 800 pessoas presos nas delegacias de Sergipe. Segundo ele, os presos ficam seminus, de cuecas, e dormem no chão, afirmou ainda que o tratamento dispensado aos presos nas delegacias de Sergipe não existe em lugar nenhum do mundo. Disse que em Sergipe os presos não têm direito a visitas íntimas, visitas regulares de parentes e privacidade para conversar com advogados, conforme preceitua a legislação, em seguida defendeu que essas pessoas tenham direito a um tratamento básico, um mínimo, como roupas e um colchão para dormir.

 

Cacho: entrevista inoportuna II

A sociedade fica sem entender porque só agora o advogado criminalista decidiu defender que presos utilizem roupas, já que era muito mais fácil colocar em prática a sua idéia no governo passado onde era auxiliar comandando a pasta da justiça. Esse tipo de posicionamento torna mais difícil a crença na seriedade da classe política.Aliás, sobre esse assunto o promotor de justiça Djaniro Jonas, da Curadoria dos Direitos Humanos, reagiu com a seguinte observação: “Não sei por que essa entrevista foi concedida agora. Ele já era advogado e já tinha conhecimento disso há tempos, inclusive durante o governo passado, no qual trabalhou”.

 

 

Operação Navalha: acaba segredo de Justiça

Da Folha de São Paulo de hoje,31: “A ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon revogou ontem o segredo de Justiça do inquérito da Operação Navalha e disse que um dos motivos da decisão é conter “a esteira de boatos e maledicências que pairam sobre pessoas que nenhum envolvimento têm com os fatos”. Outras razões apontadas por Eliana foram o vazamento de informações e a necessidade de “alinharem-se os órgãos do Estado” para definir as estratégias conjuntas das apurações. “Os fatos já foram divulgados com abundância pela imprensa; os diálogos e transcrições das interceptações telefônicas já se encontram em poder dos mais diversos meios de comunicação; todos os trâmites processuais estão sendo acompanhados de perto pela mídia, sendo inevitável a ostensividade das providências a serem adotadas na esfera judicial”, disse Eliana Calmon”;

 

 

Envolvidos são investigados pela Receita Federal

A Receita Federal decidiu esquadrinhar o patrimônio de todos os suspeitos da Operação Navalha. Entre pessoas físicas e jurídicas, encontram-se sob auditagem fiscal cerca de 60 contribuintes. A lista inclui o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-ministro Silas Rondeau, e os governadores Jackson Lago (PDT-MA) e Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL). A investigação fiscal está sendo feita pela Coordenação de Fiscalização da Receita. Trata-se de procedimento idêntico ao que já fora adotado em relação a cerca de 25 pessoas investigadas na Operação Hurricane, que desbaratou a máfia do jogo e da compra de sentenças judiciais. Os procedimentos da Receita encontram-se em fase preliminar. As declarações de Imposto de Renda dos investigados estão sendo cotejadas com o patrimônio e com a movimentação bancária de cada um.

 

 

Senador do PMDB afirma que devolveu a gravata

Na Folha de hoje,31: “Almeida Lima (SE) negou, no Senado, sua inclusão na lista de presentes da Gautama. “Essa empresa Gautama jamais teria a ousadia de incluir meu nome em lista de presenteados pelo evento natalino em 2006, em 2005 ou em 2004 porque em 2003, na antevéspera do Natal, sem eu conhecer a Gautama nem Zuleido Veras, encaminharam (…) uma porcaria de uma gravata que mandei devolver no rastro. Em 2003, de forma mal-educada, eu mandei devolver”.

 

 

Mais um sai do ar de forma intempestiva

Na semana passada foi o radialista Fábio Henrique que foi cortado no ar no programa que apresentava na rádio Atalaia. Ontem, 30, foi à vez do radialista e jornalista Messias Carvalho não ter o espaço na FM Liberdade. Estava acertado com a direção da emissora que Messias ficaria apresentando o programa até hoje,31. Porém como os ouvintes vinham se manifestando há dois dias sobre a saída dele, a direção radicalizou e o programa não foi transmitido pela FM Liberdade, apenas pela TV Caju, de onde Messias é hoje sócio-proprietário majoritário. A cada dia uma certeza para este jornalista: está praticamente impossível em retornar a escrever num jornal diário ou até mesmo participar de algum programa de rádio (este colunista é registrado como radialista há cerca de 15 anos). Os espaços fecharam e ainda bem que a Internet está aí e a democratização digital é cada vez mais visível.

 

 

De Jackson Barreto ao Leitor da Coluna

 Resposta de JB a um e-mail de um leitor publicado ontem, 30: “Pela expressão de sua agressão sei que este leitor é uma das viúvas de João Alves Filho e de alguns conselheiros do Tribunal de “Faz de Conta”. A única vez que meu nome foi envolvido em denúncias de corrupção, não comprovadas, durante meu primeiro mandato de prefeito foi justamente por este Tribunal cujos conselheiros foram nomeados na sua maioria por João Alves Filho. Tive os processos julgados na Justiça Comum de Sergipe, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), no Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília tendo sido absolvido em todos. Por isso, reconheço que o Tribunal de Contas da forma como atua não tem condições morais de julgar quem quer que seja. Ele é um Tribunal político e não um órgão técnico e hoje está sendo questionado pela sociedade sergipana. Sou um homem público que não tem patrimônio, apenas uma aposentadoria como funcionário público. Por isso sugiro ao leitor que levante a vida e as aposentadorias dos conselheiros deste Tribunal de “Faz de Conta”. Ele vai ficar arrepiado”.

 

 

“… O sindicato somos nós”. O que é isso companheiro?

De uma leitora: “A propósito do ato falho cometido pelo colega professor no comentário enviado :”…o sindicato somos nós”. Isso  só retrata a concepção de sindicato que temos.  Sem querer entrar no mérito das conquistas, o  Sintese ao invés de se desviar de  sua real função, a de defender os direitos da categoria, está brigando para estabelecer e ampliar o poder de um grupo político representado por ex-membros de sua diretoria.O mais lastimável é ver colegas sendo usados como massa de manobra para legitimar a arrogância e os atos desse grupo, que pensa ser o próprio sindicato”.

 

 

Inclusão através do esporte

O ministro dos Esportes, Orlando Silva, recebeu ontem, 30, o deputado federal Valadares Filho (PSB) e garantiu o atendimento a diversos pleitos de prefeituras de Sergipe que foram levados pelo parlamentar. O ministro também vai receber em breve o secretário de Esporte e Lazer do governo estadual para realizar parcerias que possam concretizar a inclusão social do jovem através da prática do esporte.

 

 

Servidor explica insatisfação de colegas

Sobre uma nota publicada nesta coluna da assembléia de alguns servidores do Judiciário, um servidor antigo informou que existe uma insatisfação grande hoje por parte de alguns novos servidores que ingressaram com o concurso público com expectativas que não podem ser realizadas. Ele deu como exemplo, servidores que fizeram concurso para o interior e agora querem vir para a capital e outros que fizeram para nível médio, porém já formados e não aceitam ganhar desta forma, mas esquecem que não podem mudar de nível porque a Constituição Federal proíbe. E a coluna lembra outro problema: o quadro financeiro encontrado pelo atual presidente, que, de forma educada não foi para a mídia expor, mas é certo que o Judiciário passa por uma fase de adequação financeira nunca vista.

 

 

Negociações com os servidores em junho

O Governo do Estado se colocou à disposição para estabelecer, a partir de junho, um canal de negociação permanente com os sindicatos dos servidores estaduais. De acordo com Marcelo Déda, em junho o Governo vai abrir uma mesa de negociação que englobará não só os professores e policiais civis, mas também representantes de todas as categorias de funcionários públicos estaduais. “Vamos respeitar os movimentos sociais, mas também não vamos ser reféns das categorias. Iremos construir um diálogo de qualidade para termos uma superação positiva e coletiva dos impasses das categorias”, afirmou Déda.

 

Memorial Ismar Barreto

O cantor e compositor sergipano Ismar Barreto, será lembrado um ano após a sua morte, neste sábado, dia 2, às 22:30 horas, no Teimonde, com  a solenidade de entrega, pelo Secretário de Estado da Cultura, Luiz Alberto, de duas salas anexas ao Teatro Atheneu, onde será instalado o “Memorial Ismar Barreto”, através do “Instituto Viver Aracaju”, organismo responsável pela preservação e difusão da obra do artista. Após a solenidade estarão apresentando-se vários artistas sergipanos, além do show de abertura de Joãozinho Ventura e Alice Nou, seguindo-se a apresentação de Marlene, Marise e Meire, irmãs de Ismar, com a participação de Neto e Yasmim, filhos do compositor, que irão apresentar músicas inéditas do repertório do homenageado.

 

 

Coluna vai investigar possível promiscuidade

Um leitor, servidor de uma importante instituição federal alertou que existe uma relação promiscua entre o chefe e a Assembléia Legislativa, desde a legislatura passada. Segundo o servidor, os filhos do “chefe” trabalham lá (ou melhor, recebem por lá), em troca de favores. Existe até um movimento dentro da instituição, que vai chegar a Brasília de vários servidores que não engoliram a postura do “chefe” Pró-João nas ultimas eleições e a permanência do mesmo no cargo”.

 

Conexão com o leitor: Operação Navalha

De um leitor: Tudo é tão fugaz em relação a fatos como estes que até parece que faz muito tempo, bem no inicio do escândalo, vejo a covardia de alguns políticos que não são daqueles chamados de direita (DEM, PMDB etc), mas um desses que a gente votou acreditando pensar diferente, se recusar a fazer manifestação à imprensa sobre os fatos correntes. Fiquei refletindo sobre o porquê da reação ou falta de reação. Será mesmo covardia ou algum medo de ter algum amigo, companheiro de partido ou coisa que o valha envolvido? Nós que elegemos esperamos uma atitude mais corajosa. E não é para pré-julgar ou mesmo julgar antecipadamente, mas é para nos dar a satisfação de quem depositou confiança na coragem e verdade pregada no discurso. Nem que seja para dizer como outros disseram “que tudo tem que ser apurado, e os culpados punidos bla-bla-bla”.

 

Do leitor Maurício Gentil:  remuneração dos deputados

A propósito de nota publicada ontem em sua coluna sobre reajuste da remuneração dos deputados estaduais, é importante registrar que toda a matéria se encontra regulada na Constituição Federal, que no parágrafo segundo do Art. 27 estabelece expressamente que “O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por Lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em

espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõe os arts. 39, parágrafo 4º, 57, parágrafo 7º, 150, II, 153, III, e 153, parágrafo 2º, I”. Daí é possível extrair as seguintes conclusões: a) se existir qualquer norma no Estado de Sergipe que preveja a automaticidade do reajuste dos subsídios dos deputados estaduais diante de reajuste concedido aos subsídios dos deputados federais, tal norma é flagrantemente inconstitucional e inválida; b) o que se exige é que a remuneração dos deputados estaduais não pode ser superior a 75% da remuneração dos deputados federais, mas pode ser inferior, sem nenhum problema; assim, pode haver reajuste para a remuneração dos deputados federais e não ser aprovado nenhum reajuste para os deputados estaduais, pois

nesse caso, por óbvio, a remuneração dos deputados estaduais não ultrapassará os mencionados 75% da remuneração dos deputados federais; c) de qualquer modo, a fixação de um novo valor dos subsídios dos deputados estaduais depende de lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, ou seja, não é possível haver vinculação ao que decidido em lei federal. A Assembléia Legislativa precisa deliberar expressamente, e aprovar lei de sua iniciativa, estabelecendo novo valor da remuneração dos deputados estaduais, observado o limite mencionado”.

 

 

Frase do Dia

 “Fácil é ouvir a música que toca. Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas. Fácil é ditar regras. Difícil é segui-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção da vida dos outros”, Drummond.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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