Gastar ou não, eis a questão!

Gastar ou não, eis a questão!

“L’art de l’imposition consiste à plumer l’oie pour obtenir le plus possible de plumes avec le moins possible de cris.”
(A arte da taxação consiste em depenar o ganso para obter o máximo de penas com o mínimo de grito possível)
Jean-Baptiste Colbert

Eu considero, permitam-me dizê-lo, que o melhor Presidente da República que tivemos nas últimas décadas foi o Capitão Jair Messias Bolsonaro.

Só por causa disso, ter sido formidável, falastrão inclusive, restou cassado e inelegível.

O seu crime? Geriu bem a República brasileira, conseguindo manter afastado grande leva de rapineiros insaciáveis, pastando em todas as vias.

Por vias outras, sempre tortas, broncas e toscas, a grande imprensa desfiou séries incontidas de acusações adjetivas contra os acertos do diligente presidente, dignas de seu pensar, dela imprensa, sempre inconformada, por despreparo de seu viés esquerdopata e sinistramente demagógico, pensamento nunca fora de moda por démodé e já jazido ultrapassado, porque aquele que nasceu pra vampiro, se não for ferido em estaca rude de carvalho, ressuscita sempre esporulando, sem ser Fênix, nem Lázaro, mas azarando e atacando sempre, do mesmo modo, em mesma ânsia e mesma sede.

Se aos vampiros da Valáquia e Transilvânia, pouco valem balas de prata e gotas outras de água benta, que se poderá dizer desses nossos em terras de Banânia, “onde em se plantando tudo dá”, desde Caminha, o Escrivão da Frota, sobretudo quando rotativas e redatores resolvem reviver o fantasma das cortinas de ferro sepultadas mundo a fora?

Ninguém em tempos outros, salvo o Mito Presidente, houvera tido a ousadia de lhes fustigar em ferro vivo nas fuças tal inane pensar, no amplo exarar editorial, em tantos jornais sem expressão nem conteúdo, por quatro anos seguidos, de 1º de janeiro de 2018 a 1º de janeiro 2023, justo quando o Brasil firmava brio no cenário local e internacional, indene à vaia das suas rotativas em palavras negativas.

Dir-se-á depois, quando as estatísticas não forem mais camufladas ou escondidas, que tais jornais se fizeram todos, sem exceção; miúdos, censuráveis e mesquinhos!,  portando senão antolhos, viseiras próprias de cegueiras, destinadas a mirar sem contemplar, enodoar ou mesmo emporcalhar o halo curto de progresso acontecido, num esforço ingente e inútil talvez, desnecessário, porque tudo acontecia, mas era embaralhado e enodoado, com a desvalia, relutância e resistência, de editoriais, colunistas e rotativas, num vasto opinar escandido e nunca de todo escondido, por um inconformismo manifesto, tão abjeto quão pouco honesto, a deslustrar a sua própria história, dela imprensa, em abstruso desagrado.

É difícil, muito difícil, vencer tanta inércia, e tanta solércia, de tanta gente pensante, nesse Brasil gigante, anão, quase miúdo, no seu pensar pigmeu, a se lamuriar por vê-lo crescer, só porque acontecia com um governo, que segundo estes canhestros pensadores, jamais o mereceria, por ser de direita apenas! E sob a batuta de um “Capitão-de-pijama”, Presidente!

Crescer pra quê e pra onde, ó cara pálida! com tanta gente indigente no seu larvar inconsequente?!

Em larva igual, de crisálida semelhante, dissera consoante, em outros tempos mais distantes, o nosso gênio, Tobias Barreto de Menezes: “Deus quando formou o mundo / Pra castigo de infiéis / Quis punir os infiéis / Deu ao Egito gafanhotos, / Ao Brasil deu bacharéis”.

Naquele tempo de Tobias, para sua crítica inclusive, regozijava-se no Brasil o tamanho da pátria, por possuirmos no nosso mapa os maiores rios do universo, faltando-nos, como até hoje ainda, consistente massa; cerebrina!

Cérebros iguais, em mesma via, nem os rios nos orgulham mais!

Restamos tristes, jururus, porque estamos cinco vezes apenas!, isso desde 2002!, como o melhor time de futebol do mundo; único momento em que vale a pena vestir a auri-anil Bandeira estrelada, e cantar por ufania o Hino Nacional!

Porque afora isso, perdendo leitores sobretudo, a grande imprensa resolveu em tantos gafanhotos crocitantes de clorofila, trucidar o verdor de tudo que  lhe não era de seu bom agrado, dela imprensa, numa cruzada equivocada, contra um interregno curto de um governo apolíneo, diligente e responsável, repito, em meio ao fracasso e a esbórnia de décadas seguidas, perdulárias e dionisíacas, infelizes tempos pregressos, e anteriores ao do Capitão Presidente, em seu esforço pátrio e único!, embandeirado, justo quando o Hino Nacional estava sendo cantado orgulhosamente pelas ruas e praças, com o povo contente, sem estar a soldo de mortadelas e outras mazelas…

Uma primavera a não se contraditar ainda, afinal fora tão curta e tão atacada a sua passagem, a parir um bloco inútil que o sucedeu, que a cefaleia de cinzas continua, por quartas-feiras seguidas, os dias seguindo vazios, sem folia, nem alegria.

E assim eis que agora, em tantos vitoriosos com o ELE, de lelé acontecido, está a imprensa querendo que deste ELE, por ela própria sustentado, vingasse do seu destrambelho um Paulo Guedes confiável, alguém que o sucedesse melhor, por bom gestor e respeito igual às contas públicas sempre solapáveis.

Como? Se a tese escolhida fora a do gasto imoderado, sempre a requerer novos tributos, insaciáveis?

Dinheiro bom para o Presidente não é aquele que o Ministério da Fazenda deseja, mas aquele espatifado ao léu, virando obra, e sobrando para a propina que bem reparte e  cobra.

Não é assim a tradição, por farra febril de empreiteiro?

E a história continua num zigzag sibilino nesse Brasil inzoneiro, cortando zeros do dinheiro, dezoito ou mais de vinte, só no meu existir, com os ministros que pouparam como Eugênio Gudin, Gouveia de Bulhões, Roberto Campos, e Paulo Guedes sendo sucedidos por tantos outros de infausta memória por gastarem demais.

E eu que pensava que a inflação era uma memória escandida e já debelada como a  COVID que já se foi e um dia pedimos para não voltar…

Mas, nesse vai e vem tresloucado, fala-se agora em escalpelar os ricos, nos ganhos a tosquiar, porque a necessidade apura a fome de comer e lambuzar os beiços.

Eis de novo a velha luta para cobrança sucessiva de impostos, cerne de revoluções e exações múltiplas.

Em prévias “très-antanhes”, cem anos antes de Revolução Francesa, Jean-Baptiste Colbert (1619-1683), ministro de Luís XIV, o Rei-Sol de França, dizia que o segredo da boa Taxação consistia em depenar um ganso com o mínimo de gritos possíveis. (“L’art de l’imposition consiste à plumer l’oie pour obtenir le plus possible de plumes avec le moins possible de cris.”)

Deixando os gritos dos gansos, suas penas, em tantas despenas tentadas, volto-me aos gafanhotos, não do Egito, mas aos agitos nada marotos de cobrar dos ricos, na velha e sempre requerida tese de roubar dos ricos para dar aos pobres, lembrando que no lugar do marotos podia grafar escotos como essa gente bem gosta.

Porque do dinheiro dos outros todo mundo sabe a melhor maneira de o investir, e o saber render para fruição dos sempre tidos como indigentes e carentes.

Em sabedoria pátria, por banal algaravia, alguém já disse que “em farinha pouca meu pirão primeiro!”

Alguem já disse também, isso no tempo do famoso “Milagre Brasileiro”, que era preciso dar dinheiro das burras da nação para desenvolver o Nordeste, a Amazônia etc.

E nesse contexto quebrou-se a Sudene, a Sudam e outros gerais, quando meio mundo de gente enriqueceu, só porque era gente benquista e confiável da Arena; o partido do governo.

Depois que a conta chegou, a Arena mudou de nome, virou a folha e se bandeou rapidinho para a Nova República, apoiou a Constituinte que iria sepultar “Cidadã” o “entulho autoritário”. E até Tancredo Neves foi alforriado e virou Santo, sem hoje vingar promessa.

Nesse contexto de vãs promessas, muitos planos econômicos, excêntricos e estrambólicos, foram aplicados, os zeros da moeda sendo ceifados, corrigidos, rasurados, sem que ninguém censurasse tantas barbeiragem econômicas acontecidas.

E nunca se viu tanto Economista bom de verbo e de letra na boa recomendação das finanças públicas, com os fracassos sendo repetidos e renovados.

Parece-me que foi Roberto Campos em sua verve deliciosa quem melhor comparou os Economistas aos Médicos, aqueles podiam contemplar sem receio o funesto resultado de seus remédios.

Isso porque em tempos idos matava-se o médico quando o doente não resistia.

Sempre ao relento relegado, por tantos infiéis gafanhotos, denunciando boquirrotos como escrotos, volto à palavra chula por homenagem a alguns nas estivas dos jornais, onde não se exibiam doutos, por rascunhos de ensaios, preferindo prosaicos temas a um estudo qualquer que fosse maior, em precisão e apuro, valendo mais a bisonha notícia, garrafal, descomunal e escandalosa, por chamada de pedrada, aleivosia mesmo, desde que vingasse o dano, e que sobrasse o insano, ensejando uma risonha malícia, por delícia, de gerar o desaprumo, pois foi assim que a grande imprensa atacou o Mito Presidente e seus ministros competentes.

Hoje, quando se constata que o déficit sempre aumenta com o Lula Presidente, vê-se que só Bolsonaro deixou contas com superavit fiscal, e só ele o “insolente Capitão Presidente” cercou-se de um ministério Técnico, isolando-se dos políticos, essa coisa diferente mas louvável!

Bolsonaro que sem roubar e nem assim deixar, concluiu a transposição do São Francisco, a Ponte do Abunan lá perdida no Rio Madeira, sendo culpado na mesma esteira das mortes das girafas da Amazônia, dos incêndios da Califórnia, do desmatamento no serrado, e de se locupletar com seus filhos com as vacinas não compradas e os presentes bugigangas recebidos, isso sem falar do leite condensado consumido nas casernas, e das emas envenenadas nas avernas do planalto.

Ou seja, tudo que foi tema da imprensa que não via o país crescer e progredir e ousou até o desempeno da COVID-19, num menoscabo vergonhoso para  se utilizar da inerme luta, perante a guerra mundial pandêmica, onde tudo falhava em cura, prevenção, mandinga e diagnóstico, no mundo inteiro, revelando a fragilidade da ciência e da prevenção, perante um vírus, que veio, chegou, matou quem quis e a outros poupou, nem atingiu, sem explicar ou convencer, e que aqui, em terras brasílicas, segundo a mesma imprensa se devia, pura e simples, à gestão do “genocida”, Bolsonaro.

Quer agora a mesma imprensa um ajuste fiscal que permita o controle de gasto, igual ao do Mito Presidente?

– “Para que se dinheiro bom é aquele que vai para obra?”

Como reclamar disso se pensa assim o Lula Presidente?

Palmas para o Presidente que ousa dizer o que quer e o que fará!

Gastar ou não eis a grande dúvida no mundo.

Os Estados falidos empobrecem, agora querendo garfar os ricos.

Se os gansos depenados grasnam, gá-gá-gá, ensandecidos, hoje o depeno se faz rápido, presto e preciso, só com um comando rápido de teclado, o dinheiro sumindo e se perdendo sem rastro no erário.

À parte de tudo isso, dizem que há uma curva de Lafer, segundo a qual não adianta cobrar impostos crescentes, porque sobra a pauperização coletiva em sequência de inadimplência.

Livros de Thomas Piketty da nova esquerda francesa, muito festejados “porraquí”.

 

Não é o casso do amplo lavrar de economistas célebres como o festejado Pikety, da nova esquerda francesa.

Ele é adepto da cobrança dos ricos.

 

Só há um  tropeço, um “trébuche”, nas suas teses: Quem seria este rico?

A partir de quantos Euros mensais ou anuais deve ser o limite da cobrança dos ricos?

De um amigo em grata memória, ouvi sempre dizer; sabiamente: “Riqueza e santidade, a metade da metade”.

Era um aforismo anônimo e antigo, que depois vi citado formalmente em italiano, “ricchezza e santità, metà della metà”, justo numa obra francesa, “Le Comte de Monte-Cristo”, citado por Alexandre Dumas.

Juntando tudo: a fome com a vontade de comer, a exiguidade do pirão, a boa vontade dos economistas RobinHoodianos, querendo tirar dos ricos para banquetear os pobres, e a quantidade de pedintes sempre crescentes, desde o tempo de Jesus Cristo que  dissera em Marcos, 14,7 e João 12,8: “Pobres, sempre os tereis!”, àqueles que criticaram Maria Madalena por lhe ter quebrando um vidro de caro perfume em ablução de suas pernas, eu fico pensando comigo mesmo, com minhas contas pra pagar, e com os boletos que sempre chegam e não falham, sobretudo agora que vem cobranças de todo tipo, via internet: – Quem tiver algum dindin guardado, que segure o seu, porque a rapinagem é grande!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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