A pessoa pode ter sífilis e não saber!
Todos os anos, o terceiro sábado de outubro é o Dia Nacional de Combate à Sífilis, uma infecção sexualmente transmissível (IST), bastante antiga, curável e de caráter sistêmico, com um grande agravante que a infecção de bebês, durante a gestação.
Neste ano, a data, 19 de outubro, objetiva enfatizar a importância do diagnóstico e do tratamento adequado da sífilis, especialmente nas gestantes durante o pré-natal, e incentivar a participação de profissionais e gestores de saúde em ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento de casos, bem como ressaltar a necessidade de reforço das ações locais de combate à doença.
A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por recepção de sangue infectado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis.
Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos. Quando não tratada adequadamente, pode evoluir para lesões no coração e grandes vasos, bem como pode comprometer o sistema nervoso.
Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e até a morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.
Os testes rápidos para sífilis estão disponíveis nas unidades de saúde vinculadas ao SUS. As empresas precisam recomendar o teste de sífilis no exame periódico dos trabalhadores. Os profissionais de saúde precisam incluir, no pré-natal, o exame de sífilis dos parceiros das gestantes e recomendar o uso do preservativo nas relações sexuais durante a gravidez.
Os gestores municipais precisam aproveitar o mês de outubro para alertar a população local, sobre as complicações da sífilis e ampliar a oferta do teste não apenas para gestantes. Devem também levar ações educativas sobre sífilis para a população geral e, principalmente, a população masculina.