PEDRO LOPES PODE VOLTAR

 

 

Diante da falta de tato e inabilidade do principal líder das “esquerdas” em Sergipe, Marcelo Déda, o que se vê, hoje, nos bastidores da política sergipana, é um gradual descontentamento de aliados com o tratamento que lhes é dispensado pelo companheiro petista que, mesmo não parecendo, se diz candidato ao governo em outubro próximo.

O descaso de Déda com as lideranças é tão grande que ontem mesmo um simpatizante da causa, ferrenho adversário do atual governador, chegou a dizer: “ Esse moço precisa entender que não se faz política sozinho”. O que é uma grande verdade. A prática do isolamento e a falta de diálogo levam as pessoas a reavaliarem posicionamentos em relação a sua candidatura majoritária. E isso, sem dúvida alguma, poderá ser fatal às suas pretensões de chegar ao Olympio Campos.

Como se não bastasse esse jeitinho todo especial de fazer política, Marcelo Déda, arrogantemente, não conta sequer com um articulador político de peso para contrabalançar esse grave “defeito de fabricação”, que lhe é peculiar. Os amigos mais próximos detestam essa sua característica e são quase unânimes ao afirmar que o que acaba com Déda é a “auto-suficiência”.

Acostumado a agir assim quando prefeito da capital, Marcelo Déda ainda não se deu conta de que uma eleição para governador é completamente diferente. E que as principais lideranças sergipanas estão acostumadas a ser paparicadas pelos postulantes ao cargo. Por mais insuportável que seja esse tipo de coisa, é uma realidade da qual não há como fugir. Afagos, promessas e, sobretudo, dinheiro são males necessários em qualquer eleição. Não sejamos hipócritas em dizer o contrário.

O próprio PT, em nível nacional, reconheceu esse fato ao chegar à Presidência da República. Tão logo se apossou do poder, o partido mais “sério” do país começou a amealhar um caixa dois de fazer inveja a qualquer partido da chamada direita corrupta, utilizou cifras para dialogar, mensalmente, com os parlamentares no Congresso. E formou uma impressionante base de sustentação naquela Casa e pelo país afora.

Não quero dizer com isso que Marcelo Déda tenha feito ou venha a fazer como seus companheiros de longa data (Dirceu, Genoino, Gushiken) fizeram. Mas, pelo menos, no que toca ao diálogo, precisa aprender urgentemente a lição dos mestres.

Talvez, quem sabe, não seria a hora de reconduzir Pedro Lopes ao posto?

 

 

 

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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