Praia do Jacaré – Pôr-do-sol ao som do Bolero de Ravel na Paraíba

Imagine assistir o pôr-do-sol ouvindo o Bolero de Ravel? Na Paraíba tem dia certo e horário para acontecer e atrai milhares de turistas de todos os contos do país. Entre o encontro do rio Paraíba com o mar, o saxofonista Jurandy do Sax uniu a boa música com o que a natureza pôde dar de melhor e transformou em encontro marcado às 17h. O local é a praia do Jacaré, no município de Cabedelo, cidade situada na região metropolitana de João Pessoa, a pouco menos de 10km da capital.

O sol vai se pondo de mansinho e milhares de turistas se aglomeram nos píeres à beira rio para acompanhar o espetáculo. Minutos vão passando e mais turistas chegam. Do outro lado o rei sol vai fazendo a sua parte, mas o paraibano Jurandy do Sax e um grupo de amigos achou pouco o espetáculo natural e se uniu a ele concedendo-lhe uma trilha sonora.

Quando os bares estão repletos de telespectadores, o saxofonista escolhe um deles como palco e começa a tocar em meio aos turistas. Um barco já lhe espera. Ao som do Bolero de Ravel percorre todas as marinas, enquanto que todos os bares em uníssono fazem ecoar a mesma música. Os suspiros dos turistas também acontecem em côro. Os exatos 17 minutos de toque no sax é o tempo em que o sol se pôe por completo, ou seja, o último acorde do Bolero de Ravel coincide com o último raio de sol do dia. Jurandy do Sax finaliza a apresentação no bar “Friends”, onde é recebido por violinistas e para não perder a alegria, o músico toca canções regionais, como “Asa Branca”, “Meu sublime Torrão”, “Paraíba”, entre outras.

Quem permanece no calçadão, pode, às vezes, se deliciar com a imagem do último raio de sol e a presença, no lado oposto, da lua cheia nascendo. Após o pôr-do-sol o poente muda várias vezes de cor e é como se a natureza trocasse o pano de fundo como num teatro em uma grande peça.

O espetáculo não terminou e às 18h o saxofonista acompanhado de um violinista entoa a “Ave Maria” de Fchubert. Está terminado o ritual, porém, a noite só esta começando e é nos bares das marinas que a ferveção continua embalada por música ao vivo, mas se quiser sustança, também encontrará. O cardápio da localidade é bem recheado da culinária sertaneja da Paraíba, como os pratos à base de bode e carne seca. Se preferir tem também os pratos de frutos do mar. Quer mais?

Na orla da praia do Jacaré, além das seis marinas todas de frente para o poente, ou seja, o espetáculo do pôr-do-sol acontece bem à frente, há também diversas lojinhas de artesanato e infra-estrutura para receber os visitantes.

O artesanato varia desde peças de barro as famosas confecções de algodão colorido naturalmente, porém, a vila onde se concentram as lanchonetes e lojas de artesanato da praia do Jacaré não difere das várias outras vilas de praias nordestinas, como acontece em praia do Forte e Itacaré, na Bahia, ou em Porto de Galinhas, em Pernambuco, mas vale ressaltar: como a Paraíba ainda não foi o “boom” do turismo no Nordeste, os preços de hospedagem, comida e passeios ainda continuam sem a exploração de outros locais estrelados do Nordeste. Vale à pena conferir e não se esqueça: o pôr-do-sol da praia do Jacaré merece cinco estrelas.

Como chegar

Para chegar na praia do Jacaré partido de João Pessoa, o turista percorrerá a BR-230, sentido sul (João Pessoa-Cabedelo). A praia fica na cidade de Cabedelo, a 25km de Tambaú, 10km de João Pessoa, e 7km de Cabedelo.

Se preferir, na praia de Tambaú há estandes no Centro de Turismo da Paraíba que vendem o pacote denominado bate e volta, para assistir o pôr-do-sol e custa apenas R$ 20,00, por pessoa.

Curiosidade

Tudo começou como uma brincadeira e já dura mais de 10 anos. Um grupo de amigos se reunia e tocava música de qualidade em uma das marinas à beira do rio. O grupo notou que as apresentações sempre finalizavam com o Bolero de Ravel no último raio do sol. As apresentações viraram um ritual e passou a atrair milhares de turistas, ou seja, o grupo soube aproveitar o belo pôr-do-sol da região e agregar notas musicais ao espetáculo natural. Contados 17 minutos do crepúsculo coincidem exatamente com a duração da bela obra da natureza.

Dicas de viagem

Chegue cedo para pegar uma boa mesa nas marinas e píeres à beira rio. Os bares cobram, em média, cinco reais por pessoa.

Vale à pena ficar até mais tarde e desfrutar da ferveção da vila de artesanato e dos bares.

Deve-se tomar cuidado com os preços altos das peças em barro e outros objetos de arte na praia do Jacaré, que também podem ser encontrados bem mais em conta no centro de artesanato de João Pessoa.

Pode-se também fazer um passeio em embarcações confortáveis pelo rio Paraíba. O final é sempre assistir o pôr-do-sol.

Procure sempre comprar passeios turísticos nas mãos de agentes especializados. Em João Pessoa há uma discussão entre guias de turismo e falsos agentes que vendem clandestinamente os passeios nas praias da cidade.

Se não estiver na cidade de carro próprio ou com conhecidos, tenha em mãos um número de uma empresa de táxi ou sempre chame o transporte parado em pontos estratégicos. É bom evitar solicitar este serviço em recepções de hotéis, pois, geralmente, há um acordo entre recepcionistas mal intencionados e empresas de taxi, que poderá aumentar o custo da carreira.

 

Na bagagem

Chegou ao Brasil o sistema do “Pague quanto você acha que deve”. No restaurante Patuscada, em Belo Horizonte, o cliente é quem diz o preço que quer pagar. O faturamento de duas noites excedeu 30%. Esse sistema começou no restaurante Little Bay, em Londres.

João Pessoa, na Paraíba, vem desenvolvendo uma boa infra-estrutura turística. Destaque para a culinária sertaneja e regional e boas praias fora do burburinho urbano.

O bairro Rio Vermelho, em Salvador,desponta com bons hotéis e restaurantes famosos, destaque para o Bartô.

O colunista João Alberto, do Diário de Pernambuco, elogia em sua coluna do dia 18 de abril a mídia vinculada em seu Estado, divulgando as potencialidades de Sergipe.

Começou no dia 21 de abril o Ano da França no Brasil. Serão 209 dias de programação até o dia 15 de novembro, envolvendo mais de 32 cidades.

Bem atraente a propaganda do hotel Radisson Aracaju nas revistas de bordo da companhia aérea TAM.

 

Passaporte

Madrid à pé – 4º parte

Como os pontos turísticos de Madrid ficam bem próximos, a dica percorrer o centro histórico a pé. O ponto de partida do roteiro de hoje é o Parque Del Retiro, uma grande área verde onde se concentra o Palacio de Cristal, o Monumento a Alfonso XIII, o Palacio de Velázquez e a Fuente de la Alcachofa.

Partido pela Puerta de España, percorrendo a esquerda, chega-se na Casón Del Buen Retiro, mais a sua frente à Real Academia Española, um imponente edifício neoclássico. Vizinho fica a Iglesia de San Jerónimo El Real. Vamos ficar por aqui, pois é percorrer a Calle de Ruiz de Alarcon para chegarmos ao famoso Museo Del Prado. Vale à pena passar o final do dia.

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