Quem não tem uma história para contar?

Todos nós as temos. Escrever, produzir literariamente, deixar gravado no tempo e na história as ideias, as marcas, as ações, contar as aventuras – suas e de outros –, assinalar, anotar as situações variadas, boas ou ruins, de alegrias ou tristezas… Registrar os sentimentos, os sofrimentos, as exultações, através dos versos, da poesia, do cordel, da prosa… Todos nós queremos, e de alguma forma, todos gostaríamos muito de poder fazer isso. Sobretudo, gostaríamos, mais ainda, de ver nossas produções publicadas, multiplicadas, lidas e comentadas. Ah! Como seria bom vermos nossas obras literárias nas prateleiras das livrarias, nas mãos dos leitores, sendo usadas como temas de palestras, de aulas, para a elaboração de trabalhos escolares, discutidas em roda de amigos ou nos embates acadêmicos… Seria a “apoteose” de cada um de nós. Mas, quase sempre, isso fica só no sonho. Às vezes guardadas nas gavetas empoeiradas do tempo. Poucos, muito poucos mesmo, aventuram-se e lançam suas fantasias no intangível mundo da dúvida e do entendimento. Publicam, sem nenhuma garantia de sucesso de suas ideias. São corajosos que acreditam no que fazem e, sobretudo, acreditam que podem melhorar sempre. E, ainda, sabem que só se melhora fazendo, acertando, errando, estudando, corrigindo e continuando.

Outros, no entanto – a maioria, eu afirmo –, não têm coragem de enfrentar os caprichosos e temerários caminhos da exposição. E, aí, encastelam-se nos seus pequenos mundos do “eu não posso”, pois temem as críticas, as admoestações, as chacotas, as censuras… Vão deixando para lá, ou seja, que somente os outros façam… E aí o tempo passa, não produzem e a humanidade, por vezes, perde maravilhosas histórias, e o “indolente e medroso” perde o momento e a oportunidade de ser e realizar. Realizar: única remuneração que, de fato, vale a pena. Não é somente o dinheiro que vale como paga na vida. A realização é, sem duvidas, a forma de recompensa pelo esforço, quiçá mais importante que o dinheiro.  

Escrever e publicar são atos de coragem. Quero aqui convidar a todos para que coloquem suas ideias no papel, arranjem um bom revisor e comecem, hoje mesmo, a publicar. Não há mais justificativas para a demora. Com tanto espaço nas mídias sociais para isso, não há explicação para a desídia com algo tão significante na vida de uma pessoa. Venham, vamos produzir literatura, coloquem suas inquietações no papel, publiquem e, com o tempo e o fazer constante, vamos corrigindo as imperfeições até chegarmos o mais próximo do que sonhamos. Não esqueçamos nunca: “só faz quem faz”. Da mesma forma, “quem não faz não faz”.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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