A desculpa que não cola
Há desculpas… e há desculpas. Há desculpas com bons argumentos, mas há desculpas com argumentos tão esfarrapados que a gente fica imaginando ser uma brincadeira de 1º de abril. É essa a sensação que se tem ao ouvir o secretário de Comunicação, Carlos Batalha, dizer que o governador transferiu o anúncio do índice de reajuste dos servidores à espera de que o Senado vote o projeto do Governo de novo salário mínimo, na base de R$ 260,00. O que é que tem uma coisa a ver com a outra? O Governo de Sergipe cria uma expectativa de que, se o Senado aumentar o valor do salário, ele vai fazer o mesmo por aqui? Mas, será que o governador João Alves, tão estudioso e tão expediente, não sabe se o Senado alterar o projeto do governo, o presidente pode vetá-lo? Tem mais… O Senado, assim como a Câmara Federal, não pode legislar sobre questões econômicas, nem aumentar despesas para o Executivo. Em matéria de remuneração aos servidores, o governo do Estado não tem nada a ver com o governo Federal, logo, para que criar expectativas que não existem? O nosso João Governador não quis se expor, essa é que é a verdade. Pois qualquer índice que anuncie, para quem está há nove anos sem reajuste, a repercussão não vai ser nada boa… Agora, querer enganar os incautos, não… Por Ivan Valença