Augusto Franco iniciará operação do sistema de esgoto

Deso inicia pré-operação do sistema de esgoto do Conjunto Augusto Franco (Foto: Deso)

A partir de segunda-feira, 20 de outubro, a Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso inicia a pré-operação do sistema de esgotamento sanitário do Conjunto Augusto Franco. A obra concluída contempla 19 km de rede coletora, 4,6 km de emissário com diâmetro de 500 mm e três estações elevatórias de esgoto, beneficiando cerca de 3.500 unidades habitacionais e comerciais. O sistema de coleta e tratamento de esgoto promove a diminuição do impacto de dejetos, geralmente despejados nos rios e canais. Isso garante mais saúde e qualidade de vida para a população, além de melhorar as condições de preservação do meio ambiente.

Desde que foi oficialmente inaugurado, em 22 de abril de 1982, o conjunto habitacional Governador Augusto Franco não possuía sistema de esgotamento sanitário, apenas sistema de drenagem pluvial aberto, os conhecidos canais. Dessa forma, muitas residências ligavam erroneamente seus esgotos nos canais de drenagem, o que os transformava em esgotos a céu aberto. Essa delicada situação promete ser solucionada com a operação da rede de esgotamento do conjunto, financiada pelo PAC 1 – Programa de Aceleração do Crescimento, realizado pelo Governo Federal.

Para Everton Ferreira, morador da Av. Canal 4, a construção da rede de esgoto representa um anseio de longa data da população do maior conjunto habitacional de Aracaju. “Já são 31 anos morando aqui, e há muitos anos a estrutura do conjunto já não suportava mais a quantidade de moradores. Vi esse crescimento de perto, e sempre foi esse problema de não saber para onde escoar os esgotos domésticos e evitar a poluição dos antigos canais. Acredito que essas obras de esgotamento representam uma importante melhoria na qualidade de vida dos moradores, e todos nós só temos a ganhar”, afirmou.

De acordo com o diretor de Operações da Deso, Sílvio Múcio, já foram finalizados os testes eletromecânicos nas bombas e redes coletoras. “Assim que a obra foi finalizada, começamos o período de testes e revisão de toda a rede. A partir de segunda-feira (20), vamos iniciar a pré-operação da rede de esgoto. O início do funcionamento desse sistema de esgotamento sanitário dá um fim definitivo à prática de lançamento de esgoto in natura nos canais de drenagem fluvial”, garante Sílvio Múcio.

A obra

A implantação da rede de esgotamento sanitário no Conjunto Augusto Franco faz parte de um conjunto de obras do Governo Federal e do Governo Estadual, no sentido de expandir o acesso ao saneamento básico, condição necessária para a proteção da saúde pública e do meio ambiente. A ampliação da coleta e tratamento de esgotos domésticos é uma das principais ações para a redução da poluição das águas, evitando a ocorrência de doenças de veiculação hídrica, ou seja, causadas pelo contato ou ingestão de água contaminada.

Dona Angélica Barreto, moradora do conjunto há 9 anos, está vendo com bons olhos a valorização do Augusto Franco após as obras de esgotamento. “Tenho um negócio local, um estúdio de fotografia em frente a Av. Canal 5, e nós sofríamos muito com os esgotos ligados nos canais, porque isso chamava muitos ratos, insetos, tinha muito mau cheiro. A situação só piorava quando chovia e a água poluída transbordava. Com as obras, todos os dejetos vão ter destino certo e nossa saúde e bem-estar agradecem”, declarou a fotógrafa.

Todo o material coletado através da rede de esgoto será bombeado por uma grande Estação Elevatória, EE-40, localizada na Avenida Canal 4, para a Estação Recuperadora de Qualidade (ERQ) Sul, no bairro Santa Maria. “Através desse sistema implantado, os esgotos domésticos são coletados pelos ramais internos interligados às redes coletoras. Nelas, o esgoto escoa por gravidade até os emissários, que transportam os esgotos até a estação elevatória, de onde o material é bombeado para a ERQ Sul. Na estação de tratamento o material recebe tratamentos aeróbicos e anaeróbicos, tendo sua carga poluidora drasticamente reduzida, de modo a atender os organismos controladores de poluição e às determinações do Ministério da Saúde. Só depois as águas já tratadas são liberadas para os corpos receptores, isto é, os rios”, explica o diretor de Operações da Deso, Sílvio Múcio.

Segundo a Gerência Comercial e Financeira da Deso, a empresa enviará nas faturas de novembro um comunicado aos moradores informando que a rede de esgotamento já está em funcionamento e que, a partir do mês de dezembro, a Companhia vai iniciar a cobrança da tarifa pelo serviço de coleta e tratamento de esgoto, que corresponde à 80% do consumo de água.

Fonte: Deso

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