Pouco tempo depois de ter começado, o julgamento sobre a morte do adolescente David Philip Motta Santos, 17 anos, durante uma ação policial, foi adiado. Um policial militar é réu no processo. A família, à época dos fatos, classificou como “desastrosa” a ação dos policiais.
Segundo o termo de audiência, ao qual o Portal Infonet teve acesso, o motivo do adiamento foi porque uma das testemunhas do PM não foi localizada. A sessão foi remarcada para o dia 5 de setembro deste ano.
“Em respeito ao princípio da plenitude de defesa, que rege o procedimento do júri, pelo magistrado foi então redesignada a presente sessão para o dia 05/09/2022 às 08:30 horas, ficando os presentes intimados. Foi agendado o sorteio de jurados para o dia 05/08/2022 às 09:00 horas, ficando os presentes intimados”, diz um trecho do termo de audiência.
Relembre
O corpo do adolescente David Philip Motta Santos, 17, foi velado no dia 13 de março de 2014 sob clima de comoção. Amigos e ex-colegas do garoto acompanharam o velório ocorrido na residência da vítima, no Parque dos Faróis, para o último adeus.
“A situação que me foi passada, diante do que a gente aprende no dia a dia afirmo que foi uma ação que se deu de forma desastrosa. Foi durante o dia, às 11h45 da manhã, às claras, na rua”, considerou o pai à época, ao contestar a versão apresentada pela Polícia Militar. Na versão policial, o garoto ocupava o banco do carona de uma motocicleta pilotada por um jovem suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas, que estaria armado e que o jovem teria reagido apontando uma arma contra os policiais no momento da abordagem.
por João Paulo Schneider
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