Caso Ruan: adolescente desmente rapto e diz que morte foi acidental

Ruan Henrique em vida (Foto: reprodução/redes sociais)

A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira, 19, que elucidou o caso do menino Ruan Henrique de Oliveira Santos, de apenas oito anos, que foi encontrado morto após ter desaparecido no bairro Soledade, zona norte de Aracaju. O adolescente que estava com Ruan antes do seu desaparecimento desmentiu a versão de rapto e contou que a criança morreu durante uma brincadeira com pipa.

A versão inicial é de que Ruan e um adolescente de 13 anos brincavam em uma área de mangue quando foram raptados por dois homens armados com facão. O adolescente teria conseguido fugir e avisar a família. De acordo com a delegada Katarina Feitosa, após diversas ouvidas, o adolescente, acompanhado do pai e na presença dos delegados André Gouveia e Juliana Alcoforado, desmentiu a versão de rapto, confessou que inventou a história, e contou que Ruan morreu de queda após subir em uma árvore para pegar uma pipa.

“Na realidade, os dois estavam brincando no manguezal, correndo atrás de pipa. Essa pipa havia ficado presa no topo de uma árvore. O Ruan como era menor e mais ágil, correu, subiu na árvore e tentou pegar a pipa. O adolescente querendo também a pipa, balançou a árvore no intuito de impedir que o amiguinho conseguisse chegar até a ela. A vítima se desequilibrou e segundo o adolescente, caiu desacordado. Ele foi embora assustado, achando que o colega estava morto, e resolveu contar a história para evitar o castigo da família, represálias de vizinho e até da família de Ruan”, detalhou a delegada Katarina Feitosa.

A delegada esclareceu também que, diferente do que foi divulgado inicialmente, Ruan foi encontrado sem vida na área do manguezal. “Na realidade, o corpo já chegou ao hospital rígido. Então, o corpo não foi encontrado com vida e a criança não estava viva naquele momento. O que o IML constatou foi que houve um edema, que cresceu gradativamente e ocasionou a morte da criança’, explica.

O corpo de Ruan, segundo esclarecimentos da delegada Katarina Feitosa, foi encontrado nas proximidades da área onde os meninos brincavam, na área da Soledade, e não no Bugio. “O corpo não foi encontrado do lado do rio, como dito anteriormente. Foi encontrado do mesmo lado da Soledade, próximo da área onde eles estavam brincando”.

A Polícia Civil ainda fará algumas diligências para concluir o inquérito e encaminhar o caso ao Ministério Público do Estado, que é o curador da criança e do adolescente. O MPE é que vai avaliar se o adolescente será responsabilizado por algum tipo de ato infracional.

por Verlane Estácio

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