Com greve do IML, corpo não é removido em Aracaju

Ronaldo e o cachorro da vítima não saíram do lado do corpo (Fotos: Aldaci de Souza/Portal Infonet)

O desespero tomou conta de moradores do bairro Lamarão, em Aracaju, no início da tarde desta segunda-feira, 21. Ao perceberem a angústia do irmão de um rapaz que foi assassinado por volta das 9h e o corpo continuava no local, colocaram galhos de árvores e pneus, bloqueando o acesso à ponte. Na Secretaria de Segurança Pública de Sergipe, a informação é de que a demora é por conta da greve dos policiais civis, mas todos os corpos serão recolhidos.

“Isso não se faz moça. Hoje foi meu irmão que morreu, mas amanhã pode ser qualquer um. Ele estava passando aqui pela avenida quando atiraram nele. O crime aconteceu às 9h e agora já são quase duas da tarde e o corpo aqui esticado. Pode crer que se eu tivesse um carro, uma pampa, eu botava ele em cima e levava. O povo se revoltou por isso”, relata Ronaldo dos Santos.

População ateou fogo na pista (Foto: Joathan Lessa)

De acordo com Ronaldo, o irmão Aldemir dos Santos Caetano tem 38 anos e morava na Invasão dos Canos, no conjunto João Alves Filho. “Ele não era casado, mas tem cinco filhos. O que mais revolta a gente é ver as horas passarem, os policias militares e os bombeiros chegarem e ninguém fazer nada para levar o corpo, porque o IML está em greve”, lamenta.

Algumas pessoas que passavam pela avenida de acesso ao conjunto, contaram que a vítima estava passeando com o cachorro, quando foi alvejada por disparos de armas de fogo, morrendo imediatamente.

No local, policiais militares informaram estar aguardando um negociador da PM para que a ponte fosse liberada.                                                     

Curiosos no local do crime

Policiais conversam com irmão da vítima

Acesso foi fechado

Bombeiros foram acionados

Na assessoria de Comunicação Social da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe, a informação é de que a direção do IML garantiu que os 30% do efetivo estão trabalhando como determina a legislação.

"Todos os corpos serão recolhidos, mas como 70% do efetivo aderiram a greve dos policiais civis, vai demorar mais já que são 30% de pessoal para cobrir todo o estado".

Por Aldaci de Souza

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