Falso sequestro: funcionário de empresário presta depoimento à PC

Um funcionário do empresário que foi preso acusado de forjar o próprio sequestro prestou depoimento à Polícia Civil e contou detalhes de como foram realizados os falsos ferimentos. O vídeo foi divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).

No vídeo, o funcionário disse que viajou até uma pousada em Indiaroba e que a pedido do patrão, tirou fotos dos ferimentos e que usou velas para provocar algumas lesões. Ele disse também que não sabia para qual finalidades as imagens seriam usadas.

O empresário do mercado financeiro está preso preventivamente com o objetivo de melhor esclarecer os fatos e garantir que não sejam realizadas transações financeiras que interfiram na investigação.

Relembre o caso

Alexsandro é empresário do mercado financeiro, e ao sequestrá-lo, os supostos autores do crime passaram a se comunicar com a família, exigindo senhas de administração de contas empresariais, como preço pelo resgate. Fotos do empresário, aparentemente sendo torturado, foram enviadas à família.

Após cessar a comunicação, os supostos sequestradores libertaram Alexsandro em um município do interior do estado, 15 horas após supostamente ter sido levado, indicando que a obtenção dos valores teria sido consumada.

Após algumas diligências, as equipes do COPE passaram a desconfiar da história do sequestro, sendo que o suposto cativeiro foi localizado e a fraude confirmada, pois as informações comprovaram que Alexandro tinha se hospedado voluntariamente em um hotel do interior do estado, onde tirou as fotos após se auto-lesionar, provocando hematomas no rosto e queimaduras superficiais no peito.

Ao ser confrontado com as provas, Alexsandro confessou ter forjado o próprio sequestro, mas negou que realmente tivesse desviado valores das contas de sua empresa, onde opera investimentos de terceiros, sócios/clientes, em corretoras nacionais e internacionais de moedas estrangeiras. Ele esclareceu que o crime visava apenas ganhar tempo enquanto conseguia liquidez para pagar alguns compromissos que venciam um dia após a data do sequestro.

por Verlane Estácio

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