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Uma pesquisa realizada nacionalmente pela Federação Nacional dos Bancários (Fenabam) identificou a presença de trabalhadoras bancárias em situação de vulnerabilidade nas instituições bancárias de Sergipe. O levantamento provocou o lançamento de uma campanha intitulada Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica (SEAME), que ocorrerá a partir da divulgação do relatório nacional na próxima terça-feira, 11.
Os detalhes da campanha foram divulgados na manhã desta sexta-feira, 6, pela presidente do Sindicato dos Bancários do Estado de Sergipe (SEEB-SE), Ivânia Pereira, que explicou à imprensa como se dará o funcionamento do mecanismo de atendimento. “Chegando aqui [no sindicato], a ideia é encaminhar essas mulheres à Rede de Atendimento e Enfrentamento à Violência do Governo do estado. Dentro dessa rede há vários serviços como a DAGV, a Procuradoria da Mulher, o IML, e nós serviremos como uma porta de entrada aos serviços que já existem”, explica.
Segundo Ivânia, a localização do Sindicato dos Bancários será um facilitador para que haja um maior atendimento às vítimas de violência. Ela explica também que o serviço pretende atender as demais mulheres da sociedade civil, além das bancárias. “Nosso sindicato é localizado no Centro, possui uma grande visibilidade e nós pensamos que isso facilitará o acesso das mulheres aos serviços. Não só as bancárias, mas as mulheres que sejam vítimas de violência de uma forma geral. O serviço é para as bancárias, mas não deixaremos de atender a mulheres que cheguem até nós em situação de vulnerabilidade”, destaca.
Apesar da constatação do alto índice de bancárias nesta situação de violência, o Sindicato ainda não obteve acesso aos números detalhados. A presidente do sindicato explica que tal detalhamento só ocorrerá a partir do lançamento nacional do relatório, na próxima terça-feira, 11.
De acordo com a técnica da Coordenadoria da Mulher do Estado, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho (Seit), Erika Santana, a ação surge em um momento fundamental em que há um excesso de procura de vítimas diretamente à Defensoria Pública.
“Essa ação é fundamental para as mulheres. Existe uma demanda que a Defensoria Pública não consegue suprir muitas das vezes. Nós ainda vamos sentar para conversar e definir como será o encaminhamento do fluxo de mulheres para que possamos dar o direcionamento, mas saber que haverá essa condução é essencial para que as mulheres possam se libertar desse ciclo de violência”, completou a técnica.
por Daniel Rezende
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