UFS diz que conteúdo de barris é diferente de óleo em praias

Barris foram encontrados na Praia Formosa, em Aracaju, e na Barra dos Coqueiros (Foto Ilustrativa: Adema)

As análises realizadas pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) apontaram que o óleo dos barris encontrados em Sergipe é diferente do óleo que atingiu todas as praias do Nordeste. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 16, durante visita do ministro Ricardo Salles a Sergipe.

O pesquisador Alberto Wisniewski, professor do departamento de Química e responsável pela condução de uma análise do material encontrado nos barris e nas praias de Sergipe, explicou que os óleos têm características e aspectos diferentes, mas apresentam correlações moleculares que indicam “parentesco”.

“O que conseguimos demonstrar através dos nossos trabalhos aqui é que se trata de produtos diferentes, porque possuem aspectos físico-químicos diferentes. Assim como um copo de leite e um copo de leite coalhado são produtos diferentes, embora possuam a mesma fonte molecular. As manchas nas praias são petróleo cru, pesado, e o que está nos barris não é possível definir se é um petróleo mais leve, ou um óleo marítimo, exatamente, mas o que apresentamos ao ministro e ao Ibama, é que esses dois produtos possuem um parentesco, possuem uma relação”, explica o pesquisador.

De acordo com a UFS, o ministro Ricardo Salles ressaltou que não há divergências entre o laudo produzido pela universidade e o laudo produzido pela Marinha e divulgado pela Capitania dos Portos de Sergipe no último dia 30, apontando que que a substância oleosa dos barris era incompatível com as manchas de óleo que atingiram as praias do estado.

“A Marinha e a universidade estão trabalhando em conjunto. Não há divergência de metodologia e tampouco de esforços, aqui é uma somatória de capacidades e conhecimentos que vai montando um cenário a propiciar a nós que estamos envolvidos quais as possibilidades, quais as conclusões que podemos avançar para determinar quem é o responsável pelo derramamento desse óleo”, explica o ministro. A metodologia usada, segundo a UFS, é complementar à da Marinha e tem um nível maior de seletividade.

por Verlane Estácio com informações da UFS 

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